Mesmo com o desaquecimento da indústria da construção, os empresários do setor continuam otimistas. Foto: José Paulo Lacerda
Brasília – A atividade da indústria da construção civil, em julho, ficou abaixo do usual pelo terceiro mês consecutivo. O indicador registrou 45,5 pontos – resultado praticamente repete o que ocorreu nos dois meses anteriores. “Essa situação é comum a todos os portes e setores de empresas”, destaca a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira, 23 de agosto.
Os indicadores de nível de atividade efetivo em relação ao usual foram de 46,4 pontos, em maio, e 45,3 pontos, em junho. Os índices desse levantamento variam de 0 a 100. Valores superiores a 50 indicam atividade aquecida, e abaixo, atividade desaquecida.
Na comparação com junho, a atividade do setor também recuou, com queda no emprego. O indicador de evolução da atividade ficou em 48,3 pontos e o de número de empregados registrou 48,2 pontos.
A utilização da capacidade de operação (UCO) do setor, em julho, manteve-se em 69%, o mesmo percentual registrado em junho.
EXPECTATIVAS – Mesmo com o desaquecimento da indústria da construção, os empresários do setor continuam otimistas. No entanto, essa confiança está menos disseminada que nos meses anteriores. Segundo a Sondagem, todos os indicadores de expectativa para os próximos seis meses ficaram acima dos 50 pontos, mas caíram em agosto na comparação com julho.
Os indicadores de perspectivas sobre a atividade e sobre novos empreendimentos registraram, ambos, 56,3 pontos neste mês. As expectativas para a compra de insumos e matérias-primas assinalaram 56,2 pontos e para o número de empregados, 55,7 pontos.A Sondagem da Indústria da Construção foi realizada entre os dias 1º e 13 de agosto com 464 empresas. Dessas, 168 são de pequeno porte, 182 são médias e 114 são grandes.
Fonte: Agência CNI