Em julho de 2012, o total do pessoal ocupado na indústria mostrou variação positiva de 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, interrompendo quatro meses de resultados negativos consecutivos nesse tipo de comparação, período em que acumulou perda de 1,2%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, ao assinalar variação de -0,1% na passagem dos trimestres encerrados em junho e julho, permaneceu com o comportamento predominantemente negativo presente desde outubro do ano passado. Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 1,6% em julho de 2012, décimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, mas menos intenso que os observados em maio (-1,7%) e junho (-1,8%) últimos. O índice acumulado nos sete primeiros meses de 2012 apontou recuo de 1,3% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar -0,7% em julho de 2012, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).

No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou 1,6% em julho de 2012, com o contingente de trabalhadores apontando redução em doze dos quatorze locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado em São Paulo (-3,1%), pressionado em grande parte pelas taxas negativas registradas em quatorze dos dezoito setores investigados, com destaque para a redução no total do pessoal ocupado nas indústrias de produtos de metal (-12,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,6%), metalurgia básica (-17,3%), meios de transporte (-4,6%), vestuário (-9,1%), têxtil (-7,0%) e calçados e couro (-12,4%).
Vale citar também os resultados negativos assinalados na Região Nordeste (-2,0%), influenciada pelas quedas nos setores de vestuário (-5,7%), têxtil (-9,8%) e meios de transporte (-11,7%); no Rio Grande do Sul (-2,3%), por conta das perdas registradas em calçados e couro (-10,6%), fumo (-18,2%), borracha e plástico (-7,8%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,8%); na Região Norte e Centro-Oeste (-1,2%), pressionadas pelas reduções vindas de madeira (-13,9%), minerais não metálicos (-9,3%), borracha e plástico (-15,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,5%); Santa Catarina (-1,2%), impactada especialmente pelas quedas em vestuário (-9,3%), madeira (-12,9%), calçados e couro (-17,9%) e têxtil (-2,5%); e Pernambuco (-2,8%), em função dos recuos no pessoal ocupado nas indústrias de alimentos e bebidas (-5,4%) e meios de transporte (-27,9%).
Por outro lado, Paraná (1,5%) e Minas Gerais (1,0%) apontaram as contribuições positivas sobre o emprego industrial do país, com destaque para os ramos de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (32,5%) e alimentos e bebidas (5,7%), na indústria paranaense, e de produtos de metal (8,9%), indústrias extrativas (8,4%) e meios de transporte (4,5%), no setor industrial mineiro.
Setorialmente, ainda no índice mensal, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em quatorze dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (-8,7%), calçados e couro (-6,0%), têxtil (-5,4%), papel e gráfica (-3,9%), meios de transporte (-2,4%), madeira (-8,3%), outros produtos da indústria de transformação (-3,5%), metalurgia básica (-4,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,2%) e produtos de metal (-1,9%). Por outro lado, o principal impacto positivo sobre a média da indústria foi observado no setor de alimentos e bebidas (3,8%).
No índice acumulado nos sete primeiros meses de 2012, o emprego industrial permaneceu em queda (-1,3%), com taxas negativas em nove dos quatorze locais e em treze dos dezoito setores investigados. Entre os locais, São Paulo (-3,2%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, seguido pela Região Nordeste (-2,0%), Santa Catarina (-1,5%), Ceará (-3,0%), Bahia (-2,7%) e Rio Grande do Sul (-0,8%). Por outro lado, Paraná (3,0%) e Minas Gerais (1,2%) exerceram as maiores pressões positivas. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de vestuário (-7,7%), calçados e couro (-6,4%), produtos de metal (-4,7%), têxtil (-5,3%), madeira (-9,0%), papel e gráfica (-4,0%) e borracha e plástico (-3,3%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (3,8%), máquinas e equipamentos (2,0%) e indústrias extrativas (4,2%) responderam pelas principais influências positivas.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/.
Fonte: Comunicação Social IBGE