Número de horas pagas na indústria em julho varia 0,3% em relação a junho

Em julho de 2012, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, mostrou variação positiva de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, interrompendo quatro meses de taxas negativas consecutivas que acumularam nesse período perda de 2,8%. Com isso, ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou taxa negativa (-0,2%) na passagem dos trimestres encerrados em junho e julho e prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas mostrou, em julho de 2012 (-2,5%), a décima primeira taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. O índice acumulado nos primeiros sete meses do ano também apresentou resultado negativo (-2,0%), acentuando o ritmo de queda frente aos meses anteriores. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao assinalar recuo de 1,6% em julho de 2012, permaneceu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).

Em julho de 2012, o número de horas pagas recuou 2,5% no confronto com igual mês do ano anterior, com taxas negativas em doze dos quatorze locais e em quinze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-9,6%), calçados e couro (-6,0%), meios de transporte (-3,0%), outros produtos da indústria de transformação (-4,6%), têxtil (-4,7%), papel e gráfica (-4,3%) e metalurgia básica (-5,9%). Em sentido contrário, alimentos e bebidas (1,4%), indústrias extrativas (4,1%) e produtos químicos (0,6%) assinalaram os resultados positivos nesse mês.

Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, São Paulo (-4,4%) apontou a principal influência negativa sobre o total do país, pressionado em grande parte pela redução no número de horas pagas nos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,4%), produtos de metal (-11,3%), metalurgia básica (-22,5%), meios de transporte (-5,7%) e vestuário (-11,9%). Vale mencionar também os impactos negativos assinalados por Rio Grande do Sul (-3,9%), em função, principalmente, dos recuos registrados em calçados e couro (-12,0%), borracha e plástico (-11,4%), meios de transporte (-5,3%) e outros produtos da indústria da transformação (-4,2%); Região Nordeste (-2,3%), devido, sobretudo, à retração verificada em vestuário (-7,3%), alimentos e bebidas (-2,1%), têxtil (-7,1%) e meios de transporte (-12,7%); e Região Norte e Centro-Oeste (-2,3%), pressionada, em grande medida, pelos recuos vindos de madeira (-13,9%), minerais não metálicos (-11,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,9%). Por outro lado, Minas Gerais (0,9%) e Paraná (1,0%) exerceram as contribuições positivas no total do número de horas pagas, impulsionados, em grande parte, pelas expansões vindas dos setores de produtos de metal (8,3%), meios de transporte (6,4%) e metalurgia básica (6,5%), no primeiro local, e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (42,6%) e alimentos e bebidas (2,0%).

No índice acumulado dos sete primeiros meses de 2012, houve recuo de 2,0% no número de horas pagas, com quatorze dos dezoito setores pesquisados apontando taxas negativas. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de vestuário (-8,3%), calçados e couro (-6,4%), produtos de metal (-4,7%), têxtil (-4,7%), papel e gráfica (-4,1%), madeira (-8,7%), borracha e plástico (-3,4%), metalurgia básica (-4,9%) e minerais não metálicos (-2,6%). Em sentido oposto, o setor de alimentos e bebidas (1,8%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, seguido por máquinas e equipamentos (1,5%) e indústrias extrativas (4,1%). Em nível regional, doze dos quatorze locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 4,1% registrado por São Paulo, vindo a seguir as perdas da Região Nordeste (-1,7%), Rio Grande do Sul (-2,2%), Santa Catarina (-2,1%), Bahia (-3,6%) e Região Norte e Centro-Oeste (-1,1%). Em contrapartida, Paraná (1,7%) e Minas Gerais (1,2%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado de janeiro a julho de 2012.

Em síntese, o emprego industrial e o número de horas pagas na indústria, em julho de 2012, voltaram a mostrar taxa positiva na comparação com o mês imediatamente anterior, após quatro meses consecutivos de resultados negativos, período em que acumularam recuos de 1,2% e 2,8%, respectivamente. Vale destacar que os índices positivos desse mês refletem em grande parte a ligeira melhora que a produção industrial apontou nos dois últimos meses. A evolução do índice de média móvel trimestral, mesmo mantendo o comportamento predominantemente negativo que marca esse indicador desde o final do ano passado, reforça esse momento de ligeiro ganho de dinamismo do setor industrial, já que nesse indicador o total do pessoal ocupado assalariado e o número de horas pagas assinalam redução no ritmo de queda nos últimos meses.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial e o número de horas pagas na indústria permaneceram em julho de 2012 assinalando taxas negativas, mas com ambos apontando perdas menos intensas que as observadas em maio e junho últimos. O indicador acumulado para os sete primeiros meses do ano prosseguiu com resultados negativos e manteve o perfil disseminado de taxas negativas entre os locais e os setores investigados.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/.

Fonte: Comunicação Social IBGE