
O volume de cargas movimentadas pelos portos de Paranaguá e Antonina (importação e exportação) cresceu 7% nos sete primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2011, atingindo 29 milhões de toneladas. O crescimento foi puxado pelos granéis líquidos. Com mais de 3,2 milhões de toneladas, a movimentação desses produtos foi 24% maior que em 2011.
Os principais responsáveis por esse aumento foram os derivados de petróleo, com quase 1,6 milhão de toneladas movimentadas, nos dois sentidos. De acordo com a Transpetro, principal empresa que opera esse tipo de carga pelo píer público, a maior parcela desse volume é formada por gasolina e óleo diesel importados para atender a demanda da Petrobras, gerada pelo aumento no consumo interno e pela redução do percentual de álcool na gasolina.O volume de granéis sólidos agrícolas movimentado de janeiro a agosto foi de quase 21 milhões de toneladas, 7% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado. O total de carga geral aumentou 2%, chegando perto de 5 milhões de toneladas movimentadas.
O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, disse que a meta dos portos é chegar ao fim do ano com um movimento de mais de 43 milhões de toneladas. Segundo ele, o objetivo é aumentar o volume de carga geral movimentado, assim como continuar com o crescimento nos demais segmentos. “Porém, entendemos que mais importante que crescer no volume movimentado é atender os nossos clientes e usuários com qualidade, segurança e conforto”, afirma.
TRIGO
Um dos destaques do ano é a importação de trigo, que cresceu 92% em relação ao ano passado. Em 2012, já são mais de 141 mil toneladas importadas do produto. No mesmo período, em 2011, foram 73,6 mil.De acordo com o técnico da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento Disonei Zampieri, esse aumento ainda é reflexo da quebra nas lavouras de trigo em 2011. Além disso, houve redução de 29% na área plantada com a cultura em 2012, e de 13% na produção.
“O trigo apresentou uma qualidade inferior, devido ao clima, e os preços ao produtos foram pouco atrativos. Em paralelo, o bom comportamento do milho em oferta e preços influenciou a decisão do produtor de optar pelo produto na safra 2012. Em síntese, as indústrias moageiras procuram se resguardar, aumentando o volume de aquisição”, explica Zampieri.
Segundo ele, o trigo que entra pelo Porto de Paranaguá vem principalmente da Argentina para a indústria de panificação do Paraná.
AGOSTO
Considerando apenas o mês de agosto, o destaque na exportação foi o volume de açúcar, 41% maior que o registrado em agosto de 2011. Este ano, no mês, foram quase 675 mil toneladas exportadas pelos portos paranaenses.“A chuva intensa nos meses de abril a junho prejudicou a movimentação do açúcar que, agora, volta a deslanchar. As usinas estão tentando aproveitar o clima e os bons preços”, explica o técnico da Seab, informando que a cotação está em torno de U$ 578,12 por tonelada do produto.
A maior parte do açúcar exportado pelos portos de Paranaguá e Antonina é produzida no Paraná. Os principais destinos do produto são Rússia, Argélia e a Índia.
IMPORTAÇÃO
No que diz respeito à importação, o destaque em agosto foram os fertilizantes. Destinados principalmente para a lavoura paranaense, foram mais de 916 mil toneladas importadas do produto – 30% a mais que o volume importado em agosto de 2011.Segundo Zampieri, com a quebra da safra norte-americana, os agricultores paranaenses estão focados no plantio de soja e milho (primeiraª safra), que começa no próximo dia 15. “Isso explica o aumento na compra dos insumos”, afirma.
As principais origens dos fertilizantes importados pelos portos do Paraná são Rússia, Bielorússia e Estados Unidos.
Foto: Appa
Fonte: APPA