O governador Beto Richa acompanhou nesta segunda-feira (17), em Paranaguá, o início das obras de ampliação do cais leste do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), que aumentarão em 25% a capacidade atual da unidade. Richa também assinou termo de permissão para que a Techint, fabricante de plataformas petrolíferas, utilize uma área de 100 mil metros quadrados no porto de Antonina, como estrutura de apoio à unidade da empresa em Pontal do Paraná. Os dois empreendimentos marcam um novo período de investimentos privados nos portos paranaenses.
O empreendimento do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) receberá investimento de R$ 300 milhões para aumentar em 315 metros o berço acostável do porto, que poderá ancorar os maiores navios de carga da América do Sul. É um dos maiores investimentos privados no setor portuário no País hoje e o maior em Paranaguá nos últimos 14 anos. Vai aumentar a capacidade atual do terminal de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 metros) para 1,5 milhão até o final de 2013.
Além das obras, os recursos serão aplicados na compra de equipamentos para o novo píer, entre os quais dois portêineres super post panamax (guindastes aptos a operar em navios de grande porte), caminhões e empilhadeiras.
ANTONINA
Para o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, o crescimento econômico e o aumento da demanda exigem que os Portos do Paraná se adaptem aos novos tempos. “Estes novos investimentos são, sem dúvida, um grande ganho para todos, pois trazem para os portos do Paraná a possibilidade de atender mais e maiores navios, colocando-os novamente no contexto mundial”, disse.
De acordo com Dividino, o Estado também está atento à demanda por serviços e equipamentos públicos que vão surgir nos municípios litorâneos por conta do grande contingente de trabalhadores que se instalarão na região para atender o projeto da Techint. O objetivo dos investimentos é suprir a demanda de fornecedores nacionais de bens e serviços da Petrobras para os próximos anos.
Tanto as obras do terceiro berço para contêineres de Paranaguá quanto a destinação da área do Porto de Antonina estão previstas no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO). Apresentado pelo superintendente da Appa em abril, o plano prevê uma série de medidas de modernização dos terminais marítimos paranaenses, com investimentos de recursos próprios, do governo federal e da iniciativa privada.
NOVO CICLO
O diretor-geral da Techint afirmou que a maior parte da mão de obra do empreendimento será local e que aposta em treinamento e cursos de qualificação para suprir a demanda. “Queremos utilizar ao máximo possível o trabalhador local. Vamos qualificar aqueles que ainda não possuem os requisitos necessários”, disse.
Distante cerca de 200 quilômetros de alguns campos do pré-sal, o litoral paranaense está em posição geográfica privilegiada para emergir como pólo fornecedor de serviços, peças e implementos. O Estado criou incentivos fiscais para atrair empresas ligadas à indústria petrolífera e em abril de 2011 foi lançado o programa Pontal do Pré-Sal para atrair empreendimentos ligados à cadeia do petróleo e gás.
Acompanharam o governador nas solenidades o secretário de Infraestrutura e Logística José Richa Filho; os deputados Mauro Moraes e Andre Zacharow; o prefeito de Antonina, Carlos Augusto Machado; o senador Sérgio Souza; e o diretor do Porto de Antonina, Paulo Marcos Scalco, entre outras autoridades.
TCP – O TCP foi criado em 1998 a partir de um consórcio de empresas nacionais e internacionais e TCP tornou-se concessionário do terminal de contêineres do Porto de Paranaguá após vencer uma licitação aberta pelo governo estadual. O terminal possui atualmente 564 metros de cais. A ampliação em 315 metros permitirá a operação simultânea de três navios porta-contêiner, consolidando o TCP como um dos maiores terminais da América do Sul.
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