
Em agosto de 2012, a produção industrial cresceu 1,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período crescimento de 2,3%. Em relação a igual mês do ano passado, a indústria apontou queda de 2,0%, décima segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde dezembro último (-1,3%). No índice acumulado nos oito meses de 2012, observou-se recuo de 3,4% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 2,9% em agosto de 2012, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-5,0%).

Em agosto, 20 dos 27 ramos apontam avanço na produção
O avanço de 1,5% observado no total da indústria entre julho e agosto teve perfil generalizado de crescimento, alcançando a maioria (20) dos 27 ramos investigados, com destaque para o setor de veículos automotores (3,3%), impulsionado, sobretudo, pelo aumento na produção de automóveis. Vale ressaltar que essa atividade assinalou a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período expansão de 9,3%.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de alimentos (2,1%), fumo (35,0%), refino de petróleo e produção de álcool (2,5%), outros produtos químicos (1,9%), farmacêutica (3,1%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (5,9%). Vale destacar que, com exceção das duas últimas atividades, que mostraram taxas negativas no mês anterior, os demais setores já haviam apontado resultados positivos em julho último: 2,4%, 8,1%, 0,7% e 2,0%, respectivamente. Por outro lado, entre os ramos que recuaram a produção, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por máquinas e equipamentos (-2,6%), que eliminou parte da expansão de 5,0% acumulada no período de julho/março de 2012.
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (2,6%) apontou o avanço mais acentuado em agosto de 2012, terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto, acumulando nesse período expansão de 9,4%. Os segmentos de bens intermediários (2,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (1,2%) também assinalaram taxas positivas nesse mês, com o primeiro aumentando a intensidade do crescimento após mostrar avanço de 0,8% em julho último, e o segundo revertendo a variação negativa de 0,3% observada no mês anterior. O setor produtor de bens de capitalregistrou acréscimo de 0,3% em agosto, terceiro mês seguido de expansão na produção, acumulando nesse período ganho de 2,5%.
Média móvel trimestral cresce 0,8%
Na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou crescimento de 0,8% no trimestre encerrado em agosto frente ao nível do mês anterior, e interrompeu o comportamento predominantemente negativo observado desde agosto de 2011. Vale destacar que o resultado positivo desse mês foi o mais intenso desde abril de 2010 (1,2%).
Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (3,0%) assinalou a expansão mais intensa e acelerou o ritmo frente aos índices de maio (0,3%), junho (0,9%) e julho (1,5%). O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) também apontou ganho acima da média nacional, e interrompeu a trajetória descendente iniciada em março último. Os segmentos de bens de capital (0,8%) e de bens intermediários (0,6%) também mostraram taxas positivas nesse mês, com o primeiro permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em março, e o segundo revertendo três meses de taxas negativas consecutivas.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfbr/.
Fonte: Comunicação Social IBGE