Brasília – O Banco Central informou hoje (23), que a conta externa brasileira em setembro tem o superávit de US$84 milhões. Já o déficit em transações correntes somou US$2,6 bilhões no mês e US$34,1 bilhões no ano, até setembro, patamar inferior ao registrado no mesmo período de 2011, US$36,7 bilhões. Nos doze meses encerrados em setembro, as transações correntes acumularam déficit de US$49,9 bilhões, equivalente a 2,15% do PIB. A conta financeira registrou superávit de US$2,5 bilhões no mês, com destaque para o ingresso líquido de US$4,4 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED).
A conta de serviços apresentou déficit de US$3,5 bilhões em setembro, ante US$3,1 bilhões no mesmo mês de 2011. O gasto líquido com viagens internacionais somou US$1,3 bilhão, redução de 2,2% ante o observado em setembro de 2011, apresentando recuos de 11,9% nos gastos de estrangeiros no país e de 4,9% nos gastos de turistas brasileiros no exterior. As despesas líquidas com transportes totalizaram US$740 milhões, contração de 5,5%, na mesma base de comparação. O gasto líquido com serviços de computação e informações atingiu US$235 milhões, 11,2% inferior ao resultado de setembro de 2011. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos atingiram US$1,5 bilhão, elevação de 9,4% na comparação a igual mês do ano anterior. As despesas líquidas de royalties e licenças somaram US$348 milhões, crescimento de 22,9%, na mesma base de comparação.
As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$1,8 bilhão em setembro, 24,9% abaixo do resultado de setembro de 2011. As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$1,1 bilhão no mês, ante US$2 bilhões observados no mesmo período do ano anterior. Em 2012, até setembro, as remessas brutas de lucros e dividendos totalizaram US$19,6 bilhões, decréscimo de 31,9% em relação aos nove primeiros meses de 2011. As despesas líquidas de juros alcançaram US$726 milhões no mês, comparadas a US$529 milhões em setembro de 2011.
No mês, as transferências unilaterais somaram ingressos líquidos de US$130 milhões, dos quais US$83 milhões referentes à conta de manutenção de residentes. No ano, até setembro, o ingresso bruto referente à manutenção de residentes atingiu US$1,5 bilhão, situando-se 6,6% abaixo do resultado de 2011, em período similar.
Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$1,1 bilhão no mês. A participação no capital de empresas no exterior somou, liquidamente, aplicações de US$760 milhões, enquanto as concessões líquidas de empréstimos a empresas no exterior, pelas matrizes no Brasil, atingiram US$326 milhões.
O ingresso líquido de IED atingiu US$4,4 bilhões em setembro, composto por US$2,9 bilhões na modalidade participação no capital e US$1,5 bilhão em desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias. Em doze meses, até setembro, os ingressos líquidos de IED somaram US$63,9 bilhões, equivalentes 2,75% do PIB.
Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$983 milhões em setembro. As saídas líquidas referentes a ações alcançaram US$1,2 bilhão. No mercado doméstico, os títulos de renda fixa proporcionaram ingressos líquidos de US$736 milhões, acumulando US$4,1 bilhões no ano, até setembro. Os ingressos líquidos referentes a bônus da República atingiram US$201 milhões, destacando-se a colocação do bônus Global 23, US$1,4 bilhão, e a amortização do Euro 12, US$1,1 bilhão. Os ingressos líquidos em notes e commercial papers, títulos de renda fixa emitidos pelo setor privado e colocados no exterior, somaram US$1,3 bilhão no mês. Não houve operações em títulos de renda fixa de curto prazo, negociados no exterior.
Os outros investimentos brasileiros no exterior registraram aplicações líquidas de US$2,1 bilhões em setembro. Houve retorno de depósitos de bancos brasileiros, US$612 milhões, e expansão de depósitos de empresas não financeiras, US$287 milhões. As concessões líquidas de empréstimos e créditos comerciais de curto prazo ao exterior somaram US$2,4 bilhões no mês, acumulando US$9,1 bilhões no ano.
Os outros investimentos estrangeiros no País registraram ingressos líquidos de US$926 milhões em setembro. Os créditos comerciais de curto prazo apresentaram amortizações líquidas de US$439 milhões. Os empréstimos de longo prazo totalizaram desembolsos líquidos de US$1,6 bilhão, com destaque para os ingressos líquidos de empréstimos diretos e de agências, US$1,5 bilhão e US$670 milhões, na ordem. No mês, os empréstimos de curto prazo registraram amortizações líquidas de US$10 milhões.
Fonte: Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa