Indústria registrou queda de 2,8% no terceiro trimestre
Em bases trimestrais, o setor industrial, ao recuar 2,8% no terceiro trimestre do ano, sustenta resultados negativos há quatro trimestres consecutivos, mas com redução no ritmo de queda, já que no segundo trimestre de 2012 observou-se perda de 4,5%, ambas as comparações contra igual período do ano anterior.
Entre as categorias de uso, bens de consumo duráveis, que passou de -7,1% no segundo trimestre do ano para 0,0% no terceiro, mostrou o maior ganho de ritmo entre os dois períodos, sustentado especialmente pela maior fabricação de automóveis e de eletrodomésticos da “linha branca”, que registraram avanços de 8,5% e de 17,5% no terceiro trimestre do ano. O segmento de bens intermediários (de -3,4% para -1,7%) também apontou redução na intensidade de queda entre o segundo e o terceiro trimestres do ano, enquanto bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 1,6% no período julho-setembro de 2012, repetiu o resultado verificado no segundo trimestre do ano.
O setor produtor de bens de capital, que passou de -11,7% no segundo trimestre de 2012 para -12,2% no terceiro, permaneceu apontando a taxa negativa mais intensa e com aumento na magnitude de queda entre os dois períodos.
O acumulado janeiro-setembro de 2012 fica em – 3,5%
No índice acumulado dos nove meses de 2012, frente a igual período do ano anterior, o recuo foi de 3,5% para o total da indústria, com taxas negativas em todas as categorias de uso, dezessete dos vinte e sete ramos, 48 dos 76 subsetores e 59,6% dos 755 produtos investigados. Entre as atividades, a de veículos automotores, com queda de 15,4%, permaneceu exercendo a maior influência negativa na formação do índice geral, pressionada em grande parte pela redução na produção na maioria dos produtos pesquisados no setor (aproximadamente 85%), com destaque para a menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, automóveis, chassis com motor para caminhões e ônibus, autopeças, veículos para transporte de mercadorias e motores diesel para caminhões e ônibus.
Vale citar, também, as contribuições negativas vindas de alimentos (-3,5%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-16,3%), máquinas e equipamentos (-4,1%), metalurgia básica (-4,8%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-13,0%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,5%), vestuário e acessórios (-11,2%) e fumo (-15,3%). Nessas atividades, sobressaíram-se, respectivamente, a menor fabricação dos itens açúcar cristal; telefones celulares e aparelhos de comutação para telefonia; carregadoras-transportadoras, aparelhos ou equipamentos de ar condicionado para uso central, fornos de micro-ondas, centros de usinagem para trabalhar metais, aparelhos de ar condicionado de paredes/janelas e aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias; lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono; monitores de vídeo para computadores, impressoras e computadores; livros, revistas e jornais; motores elétricos e equipamentos de alimentação ininterrupta de energia (“no break”); calças compridas, vestidos e camisas de malha de algodão; e fumo processado.
Por outro lado, entre as nove atividades que registraram avanço na produção, as principais influências sobre o total da indústria ficaram com os setores de refino de petróleo e produção de álcool (4,3%), outros produtos químicos (3,9%) e outros equipamentos de transporte (7,7%), impulsionados principalmente pela maior fabricação de gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis, no primeiro ramo, herbicidas para uso na agricultura e tintas e vernizes para construção, no segundo, e aviões no último.
Entre as categorias de uso, o perfil dos resultados para o período janeiro-setembro de 2012 confirmou o menor dinamismo para bens de capital (-12,4%) e bens de consumo duráveis (-6,2%), pressionadas, especialmente, pela menor fabricação de bens de capital para transporte (caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para caminhões e ônibus e veículos para transporte de mercadorias), no primeiro segmento, e de telefones celulares, fornos de micro-ondas, automóveis e motocicletas, no segundo. A produção de bens intermediários recuou 2,2% no índice acumulado dos nove meses de 2012, enquanto a de bens de consumo semi e não duráveis assinalou variação negativa de 0,6%.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfbr/default.shtm.
Fonte: Comunicação Social IBGE