
Consultor econômico da CNC fala sobre a inflação. Foto: Ascom/CNC
Em artigo da Síntese da Conjuntura Econômica, o consultor econômico da CNC, Ernane Galvêas, comenta a preocupação da sociedade e do governo com o crescimento da inflação e as consequências disso no Brasil. “A pressão inflacionária só não é maior porque a recessão mundial está contendo a demanda. O preço do petróleo, hoje, é igual ao de janeiro, mas o índice de preço das principais commodities, no ano, subiu 38%”, afirmou Galvêas.
Segundo o consultor, a inflação atual vem da oferta de alimentos, devido a causas climáticas, aqui e nos Estados Unidos. A política econômica do governo contribui para as pressões inflacionárias, seja pelo déficit fiscal, seja pela política salarial ou pelo incentivo à expansão do crédito nos bancos públicos. “Nos últimos 12 meses terminados em setembro, a expansão do crédito nos bancos oficiais chegou a 25,8%, enquanto, nos bancos privados, não passou de 7,0%.”
O volume de crédito é apontado por Galvêas como um dos fatores mais importantes para a definição da taxa da inflação. Por sua vez, a taxa de juros atua como reguladora do crédito, uma vez que os juros altos reduzem a demanda agregada (consumo + investimentos). “Entretanto, a eficácia da taxa de juros é relativa, a partir do conhecimento de que há inúmeras taxas de juros no mercado, além da Selic”, afirmou.
Clique aqui para ler a Síntese da Conjuntura Econômica na íntegra, que traz, ainda, avaliação do consultor sobre atividades econômicas brasileiras como comércio, indústria e agricultura.
Fonte: Ascom/CNC