Copel renovará concessão de transmissão

Torre de Transmissão UGNB. Foto: Copel

Torre de Transmissão UGNB. Foto: Copel

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) vai antecipar a renovação de seu contrato de concessão de transmissão que vence em 2015, dentro das novas regras da Medida Provisória 579, do governo federal. A decisão foi aprovada na assembleia geral dos acionistas da empresa, nesta sexta-feira (30). Na mesma assembleia, foi aprovada a não-renovação da concessão de quatro usinas.

A Copel considera que dessa forma preserva a saúde financeira da companhia e contribui significativamente para a modicidade da tarifa elétrica almejada pela MP 579. “A decisão foi tomada levando-se em conta a perenidade da empresa, a manutenção da qualidade dos serviços prestados à população e a preservação de empregos, sem deixar de atender as expectativas dos acionistas”, diz o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.O contrato de concessão que terá renovação antecipada para 2013 representa 1.700 km de linhas de transmissão, que correspondem a 86% do total de linhas de transmissão da empresa no Paraná. O contrato será estendido até 2042.Com a nova MP 591 publicada nesta sexta (30), o valor da indenização pela concessão de transmissão da Copel será maior que os R$ 894 milhões previstos anteriormente pela MP 579. A expectativa da Copel é que este valor passe de R$ 1 bilhão.A Copel vive momento importante de expansão dos negócios de transmissão, com novos empreendimentos em diversos estados brasileiros.

Em 2011 e 2012, a Copel ganhou concorrências para construção de mais de 3.500 km de linhas de transmissão, no Paraná e em outros estados, parte delas em consórcio com a chinesa State Grid, a maior empresa de transmissão de energia do mundo. Estes novos contratos não sofrem impacto da MP 579.

A renovação da concessão de transmissão também mantém suporte às atividades da Copel Telecom, que acaba de implantar a sua rede de fibra óptica em todos os 399 municípios do Paraná. É o primeiro estado do Brasil com 100% de fibra óptica.

Na geração, a Copel tem contratos até 2015 para as usinas Parigot de Souza (Antonina), Chopim I (Itapejara D’Oeste) e Mourão (Campo Mourão), além de Rio dos Patos (Prudentópolis) com contrato até 2014. Estes equipamentos serão devolvidos à União ao fim dos contratos, conforme as novas regras da MP 579. A Copel irá participar do leilão da Usina Parigot de Souza, que deve ocorrer depois de 2015.

A manutenção da operação destas usinas nos atuais contratos garante para a Copel maiores receitas que as oferecidas pela antecipação proposta pela MP 579, além da segurança financeira para os planos de expansão e de melhoria contínua dos serviços públicos que a Companhia oferece.

As quatro usinas representam apenas 6% da potência instalada da companhia, com 260 MW em Parigot de Souza; 8,2 MW em Mourão; 1,98 MW em Chopim I e 1,72 MW em Rio dos Patos.

Em dezembro, a Copel inaugura mais duas usinas, Mauá, com 361MW, e a Pequena Central Cavernoso, com 19 MW. Dessa forma, o parque de geração da empresa conta atualmente com 21 usinas e potência de 4.932 MW. A Copel está construindo a Usina Colíder, no Mato Grosso, e vai participar em dezembro do leilão para a construção da Usina Sinop, também no Mato Grosso.

MP 579 – A Medida Provisória 579, de setembro, cria novas regras para os contratos de concessão do setor elétrico. A MP propõe aos concessionários a antecipação dos contratos que venceriam em 2015, mas com valores menores de receita. A MP também prevê as indenizações que o governo federal fará às empresas pelos ativos não amortizados, como usinas e linhas de transmissão que as empresas construíram. As companhias que optarem por não renovar continuam a operação das usinas e linhas de transmissão com base nos contratos atuais, mas terão que repassar os equipamentos à União em 2015.

Fonte: ANPr