Empresários de Toledo defendem que Norte-Sul passe pelo Oeste

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), Edésio Agostinho Reichert, destacou em moção apresentada à Coordenação das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (CACIOPAR), a necessidade de lideranças da região, grande geradora de riquezas, “lutarem pela extensão da Ferroeste até o Mato Grosso do Sul”. Segundo o documento, em todo o mundo, ferrovia é sinônimo de transporte rápido e de baixo custo e o Brasil está atrasado na atualização deste modal.

Os empresários de Toledo defendem ainda que o traçado da ferrovia Norte-Sul passe por Maringá, entre Campo Mourão e Cianorte, para chegar a Cascavel. “Traçado considerado de melhor e de menor custo”, segundo Reichert. A ACIT lembrou que a Valec já lançou os editais para estudos da Ferroeste, ligando Cascavel a Maracaju (MS) e da Norte-Sul, de São Paulo a Chapecó. “Nossa proposição é para que sejam unidos esforços para termos enfim concluídos os estudos e aprovada a execução das obras”, ressaltou o dirigente.

Associações comerciais pedem extensão da Ferroeste

As associações comerciais de Guaíra e Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Estado, elaboraram documentos oficializando seu apoio à extensão dos ramais da Ferroeste na região. Lideranças empresariais dos dois municípios apresentaram suas moções à Coordenação das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (CACIOPAR). Em seu documento, a Associação Comercial e Empresarial de Guaíra (ACIAG) incluiu moção em defesa da implantação do trecho ferroviário Cascavel-Guaíra-Maracaju (MS).

A moção inclui vários modais em um Sistema Integrado de Logística da Faixa de Fronteira do Paraná. O objetivo é integrar um corredor de exportação com base na plataforma logística binacional Guaíra-Salto del Guaira. Segundo o presidente da ACIAG, Alberto Gobetti, este seria “o segundo maior equipamento de integração com o Paraguai, depois de Itaipu”. O arranjo logístico da plataforma multimodal de Guaíra, incluindo o ramal da Ferroeste, “vai permitir um maior escoamento da produção acompanhado pela redução dos custos de transporte com geração de emprego e renda na região e em especial para a faixa de fronteira do Paraná”, afirmou.

O documento foi enviado ao núcleo de desenvolvimento e integração da faixa de fronteira do Paraná, com finalidade de integrar os projetos que farão parte do PDIF-PR – Plano de Desenvolvimento e Integrador da Faixa de Fronteira do Paraná. RONDON A Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (ACIMACAR) também formalizou uma moção no sentido de que a Ferroeste estenda seus ramais até os municípios de Guaíra e Foz do Iguaçu.

Segundo a moção, o transporte rodoviário não pode ser a única alternativa de escoamento da produção. “Por isso”, ressalta o presidente da entidade, Luciano Cremonese, “o Governo do Estado investiu na construção de uma extensão ferroviária entre Guarapuava e Cascavel”. Para se consolidar, disse ele, a Ferroeste precisa levar seus trilhos até os produtores de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraguai e Argentina. “Há anos, as forças organizadas da região Oeste do Paraná lutam para convencer os governos estadual e federal da necessidade de implantar ramais que liguem a Ferroeste a Foz do Iguaçu e Guaíra”.

Segundo o dirigente, o transporte da carga por ferrovia até o Porto de Paranaguá reduziria os custos e baixaria os riscos de acidentes nas rodovias. As moções são encaminhada às principais autoridades do setor de transporte, governos estadual e federal, deputados, órgãos federais, estaduais e municipais, assim como às entidades de classe, associações e federações empresariais de vários níveis de atuação.

A CACIOPAR reúne 47 associações comerciais da região Oeste, as quais articulam um universo de dez mil empresas. A entidade, com 36 anos de história, luta para a superação de índices nacionais de desenvolvimento e, em especial, pela viabilização de projetos que estão pendentes há décadas na região.

Fonte: Imprensa Ferroeste