Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial avançou 2,3% em outubro de 2012, primeiro resultado positivo desde agosto do ano passado nesse tipo de confronto, com perfil disseminado de taxas positivas, já que a maior parte (21) dos 27 setores pesquisados apontou expansão na produção. Vale citar que outubro de 2012 (22 dias) teve dois dias úteis a mais que igual mês do ano anterior (20).
Os ramos de outros equipamentos de transporte (16,2%), máquinas e equipamentos (5,2%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (29,8%) e de alimentos (2,6%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria nesse mês, impulsionados principalmente pela maior fabricação de aviões, no primeiro setor, aparelhos de ar-condicionado de paredes/janelas, refrigeradores, congeladores, fogões de cozinha, compressores usados em aparelhos de refrigeração, máquinas de lavar e rolamentos de esfera, agulhas e cilindros, no segundo, controladores lógico programáveis e relógios de pulso, no terceiro, e açúcar cristal, no último. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram das atividades de produtos de metal (8,7%), outros produtos químicos (3,2%), indústrias extrativas (3,9%), farmacêutica (4,2%) e borracha e plástico(4,5%).
Em termos de produtos, as pressões positivas mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, partes e peças de caldeiras geradoras de vapor; herbicidas para uso na agricultura e inseticidas para uso doméstico e agrícola; minérios de ferro;medicamentos; e peças e acessórios de borracha e plástico para indústria automobilística. Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2011, entre os seis setores que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em máquinas para escritório e equipamentos de informática (-19,7%) e edição, impressão e reprodução de gravações (-6,0%), pressionados em grande parte pelos itens computadores e monitores de vídeo, no primeiro ramo, e livros, revistas e jornais, no segundo.
Entre as categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (13,6%) assinalou o avanço mais acentuado em outubro de 2012. Vale destacar que esse foi o terceiro resultado positivo consecutivo e o mais intenso desde fevereiro de 2011 (17,6%), após 11 meses seguidos de taxas negativas nesse tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi particularmente influenciado pela maior fabricação de automóveis (23,8%) e de eletrodomésticos da “linha branca”(19,2%), vindo a seguir os impactos positivos registrados por artigos do mobiliário (9,9%) e telefones celulares (6,9%). Nessa categoria de uso, as principais contribuições negativas vieram de motocicletas (-34,0%) e, em menor escala, de eletrodomésticos da “linha marrom” (-0,4%).
Ainda na comparação com outubro de 2011, os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (2,5%) e de bens intermediários(1,9%) também mostraram crescimento na produção, com o primeiro avançando ligeiramente acima da média da indústria (2,3%) e interrompendo uma sequência de seis meses de taxas negativas, e o segundo apontando o maior avanço desde maio do ano passado (2,3%). A expansão na produção de bens de consumo semi e não duráveis foi influenciada pelo crescimento em todos os seus grupamentos, com destaque para o avanço de 14,7% verificado em carburantes, por conta da maior produção dos itens gasolina automotiva e álcool.
Os demais resultados positivos foram observados nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (1,2%), outros não duráveis (0,8%) e semiduráveis (1,0%), impulsionados em grande parte pela maior fabricação de cervejas, chope e carnes e miudezas de aves congeladas, no primeiro subsetor, medicamentos, no segundo, e calçados de material sintético de uso feminino, no último. No segmento de bens intermediários, o desempenho positivo desse mês foi influenciado principalmente pelos avanços na produção dos produtos associados às atividades de alimentos (7,2%), indústrias extrativas (3,9%),produtos de metal (12,6%), outros produtos químicos (2,2%), borracha e plástico (4,3%), metalurgia básica (0,3%) e têxtil (0,8%), enquanto as pressões negativas foram registradas por refino de petróleo e produção de álcool (-7,4%), veículos automotores (-2,9%),minerais não metálicos (-0,5%) e celulose, papel e produtos de papel (-0,4%). Ainda nessa categoria de uso, vale citar também os resultados vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (3,6%), que voltou a crescer após apontar queda de 3,2% em setembro, e de embalagens (3,9%), que mostrou ganho de ritmo frente aos índices de agosto (0,3%) e de setembro (0,8%).
A produção de bens de capital (-5,8%) foi a única que ficou negativa entre as categorias de uso em outubro de 2012 no confronto com igual mês do ano anterior. Vale destacar que esse foi o décimo quarto resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, mas o menos intenso desde dezembro do ano passado (-0,4%). No índice desse mês, o segmento foi influenciado pelas taxas negativas observadas na maior parte dos seus subsetores, com destaque para o recuo registrado por bens de capital para equipamentos de transporte (-3,3%), ainda bastante pressionado pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques e chassis com motor para caminhões e ônibus. Vale citar ainda as taxas negativas verificadas em bens de capital para uso misto(-6,8%), para construção (-22,8%) e para energia elétrica (-4,1%), enquanto os subsetores de bens de capital agrícola (7,0%) e para fins industriais, com variação de 0,1%, apontaram os resultados positivos nessa categoria de uso no índice mensal de outubro de 2012.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfbr/default.shtm
Fonte: Comunicação Social IBGE