Em outubro de 2012, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente mostrou variação positiva de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, após avançar 2,1% em agosto e recuar 2,1% em setembro. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral (0,0%) repetiu no trimestre encerrado em outubro o patamar registrado no mês de setembro.
No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 3,0% em outubro de 2012, trigésimo quarto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde junho último (4,1%). O índice acumulado nos dez meses de 2012 mostrou expansão de 3,2% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 3,2% em outubro de 2012, apontou ligeiro ganho de ritmo frente ao resultado de setembro (3,0%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou expansão de 3,0% em outubro de 2012, com resultados positivos em treze dos quatorze locais investigados. As maiores influências positivas sobre o total nacional foram verificadas em Minas Gerais (5,8%), Rio de Janeiro (7,9%), Paraná (5,8%), região Norte e Centro-Oeste (6,0%), São Paulo (0,8%) e região Nordeste (2,8%). Nestes locais, as atividades que mais contribuíram positivamente para o aumento do valor da folha de pagamento real foram: meios de transporte (19,0%), indústrias extrativas (8,2%) e minerais não metálicos (11,1%), na indústria mineira; indústrias extrativas (11,3%), produtos químicos (20,6%), produtos de metal (19,6%) e alimentos e bebidas (8,7%), no setor industrial fluminense; máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (31,2%) e alimentos e bebidas (7,1%), no setor industrial paranaense; alimentos e bebidas (11,1%), indústrias extrativas (12,2%) e produtos de metal (14,5%), na Região Norte e Centro-Oeste; alimentos e bebidas (11,1%), borracha e plástico (7,4%), produtos químicos (3,8%) e minerais não metálicos (9,1%), em São Paulo; e produtos químicos (20,3%), indústrias extrativas (9,4%) e alimentos e bebidas (1,6%), na indústria nordestina. Em sentido oposto, Pernambuco (-2,6%) assinalou o único resultado negativo nesse mês, influenciado especialmente pelo setor de meios de transporte (-33,4%).
Setorialmente, ainda no índice mensal de outubro de 2012, o valor da folha de pagamento real no total do país cresceu em quatorze dos dezoito setores investigados, com destaque para alimentos e bebidas (7,4%), indústrias extrativas (9,9%), produtos químicos (7,2%), borracha e plástico (6,8%), minerais não metálicos (5,7%), produtos de metal (2,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (4,1%). Por outro lado, o setor de vestuário (-7,6%) exerceu o maior impacto negativo sobre o total da indústria.
No indicador acumulado nos dez meses de 2012, o valor da folha de pagamento real cresceu 3,2%, com taxas positivas em todos os quatorze locais investigados, com destaque para Minas Gerais (6,4%) e Paraná (8,5%), sustentados em grande parte pelos ganhos assinalados nos setores extrativos (10,6%), de meios de transporte (7,5%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,3%), de alimentos e bebidas (5,1%), de minerais não metálicos (10,6%) e de borracha e plástico (16,7%), no primeiro local, e de alimentos e bebidas (11,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (37,3%) e meios de transporte (9,2%), no segundo. Vale mencionar também as contribuições vindas do Rio de Janeiro (6,0%), Região Nordeste (4,8%), Região Norte e Centro-Oeste (5,2%), Rio Grande do Sul (3,3%) e Santa Catarina (3,5%). Nestes locais, as atividades que mais influenciaram positivamente foram, respectivamente, indústrias extrativas (8,5%), meios de transporte (5,1%) e alimentos e bebidas (8,9%); alimentos e bebidas (6,2%), produtos químicos (11,8%), minerais não metálicos (8,6%) e indústrias extrativas (4,7%); alimentos e bebidas (11,9%) e indústrias extrativas (12,2%); máquinas e equipamentos (7,5%), alimentos e bebidas (6,2%) e meios de transporte (6,3%); e máquinas e equipamentos (9,2%) e alimentos e bebidas (6,1%).
Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em treze das dezoito atividades pesquisadas, impulsionada, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (7,9%), máquinas e equipamentos (5,7%), indústrias extrativas (8,6%), meios de transporte (1,8%), produtos químicos (3,1%) e minerais não metálicos (4,4%). Por outro lado, os setores de vestuário (-4,2%), calçados e couro (-2,6%), têxtil (-2,0%) e madeira (-4,2%) exerceram as maiores influências negativas sobre o total nacional.
Fonte: Comunicação Social IBGE
11 de dezembro de 2012