25,6% das microempresas fazem vendas pela Internet

Entre as microempresas, 25,6% fizeram vendas através da Internet, predominantemente, usando e-mail (23,6%). Apenas 6,9% das microempresas usaram a web para realizar as vendas. Considerando as compras feitas pela Internet, a taxa foi mais elevada, 41,1%, sendo 29,5% por e-mail e 25,9% pela web. Do total de empresas com mais de 10 pessoas ocupadas que usaram Internet, 32,9% disseram ter realizado vendas (28% por e-mail e 14,4% pela web) e 55,0%, compras (39,3% por e-mail e 38,3% pela web). A pesquisa considerou que fazer vendas ou compras de mercadorias ou serviços pela Internet referia-se a receber ou enviar pedidos de compra ou venda via páginas de Internet, Extranet, e-mail, etc., ou seja, não era necessário que o pagamento tivesse sido realizado online.

Analisando-se os usos que as empresas fazem da Internet, a pesquisa constatou que enviar e receber e-mails é uma prática quase universalizada, alcançando 98,7% das microempresas e 99,0% das empresas de maior porte. Além do e-mail, respectivamente para as microempresas e para as empresas de maior porte, a busca de informações sobre bens e serviços (77,9% e 84,2%) e a realização de pagamentos e consultas bancárias online (65,5% e 80,3%) foram as atividades mais apontadas, enquanto o treinamento dos funcionários (7,9% e 12,8%) e o fornecimento de produtos on-line (5,1% e 9,9%) foram as menos indicadas.

Para as microempresas, alto custo das remunerações é principal dificuldade na contratação de especialistas em TI/TIC

Para as microempresas que utilizaram a Internet, no tocante aos incidentes relacionados à segurança em TI/TIC, 31,1% relataram ter vivenciado algum tipo de problema e somente 9,7% declararam possuir uma política de segurança da informação formalmente definida. Em relação aos procedimentos de segurança adotados, 98,3% das microempresas informaram ter usado programas para detecção de vírus e spam, 74% adotaram tecnologias de proteção a dados e 68,3% usaram sistema firewall e de detecção de intrusos.

Dificuldades em recrutar pessoal especializado em TI/TIC foram informadas por 5,1% das microempresas que usaram computador e/ou Internet e o alto custo das remunerações (64,7%) foi a principal dificuldade relatada. Dentre as microempresas que utilizaram computador e/ou Internet, apenas 19,4% ofereceram algum tipo de treinamento a seus funcionários. Destas, cerca de 76,6% forneceram treinamento básico para o uso das TIC.

Para as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, 10,5% informaram ter encontrado dificuldades para recrutar pessoal especializado em TI/TIC e, diferentemente do observado nas microempresas, a principal dificuldade foi encontrar profissionais especializados em domínio de ambientes de desenvolvimento/linguagens (61,6%). Das empresas desse porte que usaram computador e/ou Internet, 32,4% promoveram ações de qualificação ou de treinamento, sendo que 74,5% do total dessas empresas forneceram treinamento básico para o uso das TIC.

Quase metade (48,3%) das microempresas usam softwares livres

A TIC-Empresa buscou conhecer os principais tipos de softwares usados pelas empresas. Das microempresas que usaram computador, a maior parte utilizou programas prontos para uso (96,6%). O uso de softwares livres também foi bem significativo nessas empresas (48,3%), em contrapartida, poucas delas desenvolveram seus próprios softwares (3,3%). Já dentre as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, 95,1% informaram adotar programas prontos para uso e 49,5% softwares livres. Apenas 8,5% das empresas de maior porte declaram desenvolver seus próprios programas.

As principais finalidades para o uso de softwares apontadas pelas microempresas foram a gestão eletrônica de documentos (editoração, uso de planilhas eletrônicas e digitalização de documentos), 85,6%, e a gestão comercial, 63,9%. Entre as empresas de maior porte, 85,3% informaram usar programas de computador para gestão eletrônica de documentos e 77,9% para gestão comercial.

Todas as informações sobre o estudo podem ser acessadas na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/stic/2010/default.shtm.

Fonte: Comunicação Social IBGE
13 de dezembro de 2012