
Petrobras extrai petróleo e gás do xisto betuminoso na formação Irati, em São Mateus do Sul, pela subsidiária Petrosix. Foto: Petrobras
O Ministério de Minas e Energia realizou um estudo técnico, a pedido do Paraná, e deu parecer positivo para que o Estado e o município recebam mensalmente sua participação na produção do petróleo oriundo do mineral.
Na reunião no Rio de Janeiro, também será discutido de que forma será feito o pagamento da dívida de royalties, acumulada desde 1991, quando houve a regulamentação federal das participações de Estados e municípios na produção de petróleo e gás, eletricidade e minerais.
De acordo com o ministério, a extração do xisto betuminoso tem como único fim a produção de petróleo e gás. Portanto, deve receber o mesmo tratamento legal de qualquer outra forma de exploração petrolífera. “O petróleo de xisto é uma riqueza que o Paraná produz. É uma luta de décadas e que termina com o recebimento de valores significativos”, disse o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly.
Segundo ele, “a expectativa é muito positiva para que os recursos oriundos do xisto aumentem e possam dar ao Estado um retorno financeiro positivo”, referindo-se à instalação de outras empresas exploradoras do minério no Paraná.
EMPENHO
“O Estado pleiteia desde 1991 esses valores a serem pagos. O governador Beto Richa determinou o empenho na solução deste problema. A proposta do Estado foi exitosa, e comprovou-se que a participação era devida”, destacou Amauri Escudero, secretário de Representação do Paraná. “Nós temos o fim de uma pendência de 21 anos, que o governador, com respeito e diálogo, conseguiu receber”, ressaltou.
OPORTUNIDADE
A empresa canadense Forbes&Manhattan anunciou que estuda a exploração de xisto betuminoso por meio da Irati Petróleo e Energia. A meta desta companhia é ultrapassar a produção da Petrosix, com a projeção de produzir de 20 a 30 mil barris diários de petróleo de xisto, além do gás presente no mineral.