
O Centro de Operação do Sistema, de onde é controlado todo o fluxo energético no Paraná. É o cérebro e o coração do sistema elétrico da Copel. Foto: Copel
Segundo Richa, as novas regras federais impõem perdas enormes ao Estado. Somente a queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre o consumo de eletricidade, chega a R$ 450 milhões. A Copel vai perder quase R$ 200 milhões por ano da receita de transmissão. “Mas tudo isso em favor da redução da tarifa para os paranaenses”, afirma Richa.
O Paraná também mantém subsídios para a energia elétrica para atender a camada mais pobre da população. O programa Luz Fraterna atendeu, em média, 160 mil famílias por mês em 2012 com gratuidade na conta. Quem consumiu até 100 kWh por mês teve a conta quitada pelo governo. “Vamos ampliar o limite de consumo para até 120 kWh para atender mais famílias”, afirma Richa.
O contrato de transmissão renovado corresponde a 86% dos dois mil quilômetros de linhas da Copel. A receita da empresa nesta área vai cair 58% por causa da antecipação do contrato segundo a MP 579. “A receita baixará de R$ 305 milhões por ano para R$ 127 milhões por ano”, afirma o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.
O governo federal estabeleceu novas regras para os contratos que venceriam até 2015, que foram renovados em 2013, mas com menor remuneração para as empresas. A transmissão é o setor da Copel que faz o transporte da energia elétrica, ainda em alta tensão, das usinas para as subestações que alimentam as cidades.
GERAÇÃO