Empresa de Planejamento e Logística (EPL) utiliza diagnóstico da entidade para definir gargalos em infraestrutura que receberão investimentos a partir de 2014

Imagem: CNI

Os estudos Norte, Nordeste e Sul Competitivo, produzidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), vão subsidiar o governo federal na definição dos projetos de infraestrutura que o Executivo deve anunciar em 2014. A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) está analisando os levantamentos da CNI e os de outras entidades setoriais para definir as obras que vão integrar as próximas etapas de concessões do governo. Em 2012, foram anunciados investimentos – incluindo os privados por meio de concessões – em rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

Os levantamentos foram elaborados com o objetivo de identificar os gargalos em infraestrutura que emperram o desenvolvimento das três regiões e os investimentos necessários para aumentar a competitividade logística. Em 2013, a entidade vai divulgar o diagnóstico da Região Centro-Oeste e iniciar os levantamentos sobre o Sudeste do país.

Os três documentos apontam que para superar os principais gargalos de logística é preciso investir R$ 54,7 bilhões nas rodovias, ferrovias, hidrovias e portos das regiões Norte, Nordeste e Sul até 2020. Esse volume inclui recursos públicos e privados.

INVESTIMENTOS – As ferrovias das três regiões são as que demandam mais investimentos para se tornarem competitivas. Somando os volumes das três regiões, são necessários R$ 24,8 bilhões até 2020 para corrigir as distorções ferroviárias e permitir que os produtores consigam escoar a produção. Em segundo lugar aparecem os portos, que demandam R$ 16,2 bilhões. Em seguida, aparecem as rodovias e as hidrovias, que precisam de R$ 9,4 bilhões e R$ 4,2 bilhões, respectivamente.

Melhorar a infraestrutura logística é fundamental para aumentar a competitividade da indústria brasileira, segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade: “Num país de dimensões continentais, com polos produtores nas cinco regiões geográficas, movimentação interna de produtos para abastecer o mercado consumidor e exportações crescentes, uma logística que funcione e seja barata é fundamental para garantir o abastecimento e criar competitividade frente aos concorrentes estrangeiros”.