Inflação vem influenciando comércio no início do ano

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Para CNC, comércio deve apresentar crescimento de 6,5% em 2013. Crédito: Reprodução

Em fevereiro, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro apresentou recuo de 0,4% em relação a janeiro, contrariando as expectativas do mercado, que esperava alta em torno de 1,6%. É o que mostra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas caíram 0,2%. No acumulado em 12 meses, o índice apresentou alta de 7,4%. No cálculo ampliado, que inclui veículos, motos e material de construção, o volume de vendas recuou 0,7% na comparação com o mês imediatamente anterior.

Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os números de fevereiro sugerem uma acomodação das vendas do comércio no início do ano. “Inflação mais alta, fim de alguns incentivos fiscais e comprometimento da renda ainda elevado impediram um crescimento mais forte do comércio”, analisa Bruno Fernandes, da Divisão Econômica da Confederação. Entretanto, aponta o economista, a expectativa de um comportamento mais benigno dos preços para os próximos meses pode influenciar positivamente as vendas no período. “Esperamos que o comércio registre crescimento de 6,5% em 2013”, indica.

Das dez atividades pesquisadas, seis apresentaram queda em fevereiro. Destaque para o resultado de hiper e supermercados (-1,0%) e móveis e eletrodomésticos (-0,2%), em que as pressões inflacionárias sobre os alimentos e a união do fim dos incentivos fiscais, com um nível de endividamento ainda elevado, contribuíram para que esses setores tivessem um comportamento menos favorável no início de ano. Entretanto, esses componentes ainda vêm registrando um crescimento de 6,8% e 10,4%, respectivamente, no acumulado em 12 meses. As vendas de veículos apresentaram queda de 1,7% em relação a fevereiro, contabilizando recuo pelo segundo mês consecutivo. Apesar do resultado, a prorrogação do IPI reduzido até o fim de 2013 impedir uma desaceleração mais forte das vendas nos próximos meses.

Fonte: Ascom/CNC