Brasil deve buscar imagem de país eficiente e inovador

Em debate sobre a Copa do Mundo de 2014, diretor da CNI afirma que eficiência deve ser o principal legado que o evento deve deixar para o país e para os negócios

"Precisamos deixar um legado de eficiência, que é algo que beneficia a indústria brasileira, mostrando que somos eficientes e inovadores”- José Augusto Fernandes

“Precisamos deixar um legado de eficiência, que é algo que beneficia a indústria brasileira, mostrando que somos eficientes e inovadores”- José Augusto Fernandes

A imagem de um país eficiente é o principal legado que a Copa do Mundo de 2014 deve deixar para o Brasil, defendeu o diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, durante apresentação no seminário As Cidades da Copa, promovido pela Revista IstoÉ, em Brasília, nesta quarta-feira (16). José Augusto citou como exemplo as Copas realizadas no Japão, em 2002, e na Alemanha, em 2006. Segundo ele, os dois países queriam passar, respectivamente, imagem de nação criativa e feliz.

“O Brasil vai reforçar a ideia de um povo engajado e feliz, a Copa das ruas vai mostrar isso. Mas o ideal é ter um legado que gere valor para os nossos bens e serviços. Precisamos deixar um legado de eficiência, que é algo que beneficia a indústria brasileira, mostrando que somos eficientes e inovadores”, afirma.

BENEFÍCIOS 

Segundo José Augusto Fernandes, a Copa já vem trazendo impactos positivos para o país com projetos que dificilmente avançariam sem o impulso do evento esportivo, como alguns na área de mobilidade urbana e na atração de novas tecnologias. A expectativa é que, entre 2010 e 2014, a Copa gere investimentos de R$ 22,46 bilhões na economia nacional, segundo dados da consultoria Ernst & Young.

Dentro da indústria, o setor mais beneficiado será o da construção civil. Pesquisa da CNI realizada em 2010 aponta que 85% dos empresários do setor avaliam que a Copa tem impacto positivo em seus negócios. Os principais resultados são o aumento das obras e serviços, segundo 95% deles. Em seguida, 86% dos entrevistados apontam que os impactos se darão na disponibilização de novas tecnologias, em um aumento da visibilidade da empresa e em uma diversificação de produtos e atividades.

Além da construção, de acordo com o diretor, também devem se beneficiar com o evento esportivo os fabricantes de eletrodomésticos, a indústria têxtil e de couro e calçados, a indústria de máquinas e aparelhos elétricos e os fabricantes de móveis, entre vários outros.

Foto: CNI
Fonte: Portal da Indústria