Está em fase de testes um carro que utiliza tecnologia de ponta inédita no Brasil e dispensa que todos já têm: o motorista. Trata-se de um projeto desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com apoio de diversas instituições, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), a FINEP (Agência Brasileira da Inovação), e a Mogai, que recebeu financiamento via Subvenção Econômica, em 2009, no valor de cerca de R$ 1,8 milhões. Veja aqui a matéria sobre o projeto, que foi ao ar no Jornal Hoje, da Rede Globo, em 13/4. Na próxima semana, o projeto será demonstrado no programa Ana Maria Braga, na mesma emissora.
O automóvel autônomo está sendo desenvolvido no Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) da Ufes, sob coordenação do professor Alberto Ferreira de Souza. A equipe desenvolve um sistema de inteligência artificial capaz de guiar o veículo, sem a necessidade de um motorista. Segundo o pesquisador, “o carro é um robô capaz de entender o mundo por meio da visão, como o cérebro humano, coordenando imagens dinâmicas, captadas através de câmeras e sensores laser, acoplados ao veículo”.
O carro utilizado em testes é um veículo híbrido (movido à eletricidade e a gasolina), e é a energia da bateria do automóvel que alimenta os computadores que atuam como condutor. As câmeras e lasers acoplados atuam como olhos do veículo, capazes de fazer a leitura do que se passa ao seu redor. Um supercomputador dentro do veículo recebe essas informações, processa e toma as decisões para guiar o automóvel sozinho.
Um dos objetivos do novo tipo de veículo é a utilização por pessoas com dificuldades de locomoção. Outro uso poderá ser na dinamização e barateamento em processos industriais – auxiliando no transporte de equipamentos de grande porte em grandes empresas, por exemplo.
Segundo o Diretor Comercial da Mogai, Franco Machado, um dos principais benefícios do projeto para a empresa, e para o País, “é o conhecimento que internalizamos, que jamais teríamos feito sem um objetivo tão ambicioso que é fazer um veículo sem motorista”, diz. Isso, afirma Machado, vem permitindo desenvolver soluções que aparentemente são bastante diferentes da tecnologia do carro, “como um sistema baseado em câmeras estéreo que rivaliza com os mais modernos scanners a laser em aplicações como topografia de pilhas de minério e para medir adernamento e arqueação de navios num porto, ou a utilização de placas para vídeo games para processar de dados de sísmica em exploração de petróleo”, explica o diretor da Mogai.
Fonte: Finep/Com informações da Ufes
