A política energética e a ampliação do fornecimento de gás natural para o Sul foram os temas discutidos no seminário “Perspectivas do Gás Natural para o Sul do Brasil”. O evento realizado na última sexta-feira (10/05), na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), foi mais ação do Fórum Industrial Sul e recebeu os presidentes da FIEPr, Edson Campangolo, FIESC, Glauco José Côrte, e da FIERGS, Heitor José Muller.
O evento contou com a presença do secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, do gerente de marketing da Petrobras, Carlos Augusto Arentz Pereira , representantes das distribuidoras, Compagás, SCgás, Sulgás, empresários e representantes do Sindilouça/Pr. O cenário da Infraestrutura de transporte de gás natural, o atendimento ao mercado do sul, logística e o panorama de distribuição foram temas discutidos.
O Gás Natural e a Política Energética
O gás natural é insumo de prioridade para o desenvolvimento das indústrias brasileiras e hoje representa 10% da matriz energética. Uma política energética para o gás natural que contemple com equidade todas as regiões brasileiras é esperada, principalmente para os estados de grande desenvolvimento industrial como, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No evento, os presidentes das Federações de Indústrias e representantes das distribuidoras cobraram soluções para os gargalos e a necessidade premente de investimentos para ampliação do fornecimento, recapacitação do Gasbol ou de instalações nos portos para receber GNL importado.
MME e Petrobras
O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann declarou que está em estudo a ampliação da malha Sul do Gasbol e que a perspectiva de oferta do insumo só ocorrerá a médio e longo prazo. Já o representante da Petrobras, Carlos Augusto Arentz Pereira focou que o atendimento em infraestrutura é básico e tem riscos, portanto, qualquer tipo de investimento para o Sul, por ora, está descartado. A Petrobras trabalha com a importação de 40% de gás natural boliviano e 40% de GNL importado de outros países (conforme a localização de cada terminal) e o restante gás natural nacional. Outra declaração do representante que nada agradou os empresários foi de ele ter dito que qualquer tipo de projeto é demorado e que leva no mínimo 36 meses para licenciamento, o que demonstra um desinteresse explícito aos projetos para o sul, contrariando o que o representante do MME declarou inicialmente.
Fórum Industrial
Com mais essa tentativa, o Fórum Industrial Sul deve encerrar as discussões e negociações diretas com a concessionária Petrobras, as reivindicações para soluções das necessidades e diminuição dos gargalos de fornecimento do gás natural para região Sul devem ser levadas para outro nível, pois a indústria do sul não pode esperar.
Fonte: Moroz Comunicação
