A taxa média geral de juros das operações de crédito do sistema financeiro, incluindo as operações com recursos livres e direcionados, recuou 0,4 p.p. no mês e 3 p.p. nos últimos doze meses, situando-se em 18,1% em maio, menor patamar observado no ano. No âmbito dos recursos livres, o custo do crédito atingiu 25,8%, após reduções de 0,5 p.p. no mês e 2,7 p.p. nos períodos mencionados. Nas contratações com recursos direcionados, a taxa média alcançou 6,9%, com declínios de 0,1 p.p. no mês e 2,2 p.p. em relação a maio do ano anterior.
No segmento de pessoas físicas, a taxa média totalizou 24% em maio, registrando retrações de 0,3 p.p. no mês e 3,6 p.p. em doze meses. A variação mensal refletiu, principalmente, o comportamento das taxas vinculadas às modalidades com recursos livres, que diminuíram 0,2 p.p., a partir das reduções respectivas de 0,5 p.p., 0,2 p.p. e 0,1 p.p. em cheque especial, aquisição de veículos e crédito pessoal. A taxa média de juros das operações com recursos direcionados para as famílias registrou estabilidade no mês, situando-se em 6,7%.
Nas operações com pessoas jurídicas, a taxa média de juros, após manter o nível estável desde janeiro, recuou 0,5 p.p. em maio, para 13,5%, acumulando declínio de 2,7 p.p. em doze meses. Nas contratações com recursos livres, o custo do crédito para empresas declinou 0,7 p.p. no mês, ao atingir 18,5%, salientando-se as retrações nas modalidades capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida. Da mesma forma, a taxa relativa ao crédito direcionado diminuiu 0,2 p.p., para 7%, com ênfase para a queda de 0,3 p.p. na taxa referente aos financiamentos para investimento do BNDES.
O spread bancário das operações de crédito do sistema financeiro, com recursos livres e direcionados, acompanhou a trajetória das taxas ativas, recuando 0,4 p.p. no mês e 2,4 p.p. em doze meses, posicionando-se em 11,3 p.p. em maio, menor patamar da série iniciada em março de 2011. A variação mensal refletiu as quedas respectivas de 0,7 p.p. e 0,2 p.p. nos spreads relativos aos segmentos livre e direcionados, situados em 17,2 p.p. e 2,5 p.p., nessa ordem.
A inadimplência do sistema financeiro, que corresponde à participação das operações com atraso superior a noventa dias, manteve, pelo quarto mês consecutivo, a taxa estável em 3,6% do total de crédito, menor patamar desde janeiro de 2012, registrando diminuição de 0,3 p.p. em doze meses. Tanto nas operações com pessoas físicas quanto com pessoas jurídicas as taxas de inadimplência se mantiveram estáveis, ocorrendo, no entanto, nos últimos doze meses, recuo de 0,7 p.p. e elevação de 0,1 p.p., respectivamente.
Fonte: Ascom/Banco Central