Destinação dos royalties do petróleo para educação é fundamental para o país

Projeto de lei apresentado pelo Executivo foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados na nessa terça-feira (25). Sistema Indústria espera aprovação do texto pelo Senado

Imagem: CNI

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O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, avalia que a aprovação da destinação de 75% das receitas obtidas com os royalties do petróleo para a educação básica é um momento importante para o Brasil. Trata-se – de acordo com ele – de uma oportunidade para o país resgatar a dívida histórica que tem com essa política. “A prioridade dada à educação ao longo de décadas vem melhorando, mas a velocidade das mudanças ainda é baixa. É necessário mudar urgentemente a formação dos jovens brasileiros para se ter um país mais produtivo”, destaca.

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Diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi. Foto: CNI

Lucchesi avalia que os recursos são importantes, mas precisam vir acompanhados de uma gestão mais eficiente do sistema educacional. “Só assim poderemos revolucionar o país, preparar a juventude para o presente e para o futuro, melhorar a produtividade do trabalho e aumentar a competitividade brasileira para assegurar um desenvolvimento econômico sustentado.”

Ele lembra que a população jovem brasileira está se reduzindo rapidamente. A transição demográfica, que demorou 125 anos para acontecer nos países ricos, é prevista para apenas 25 anos no Brasil. “O nosso novo perfil demográfico indica que estamos num período decisivo para o desenvolvimento. Assim, será necessário criar condições para que os jovens contribuam na produção e na produtividade. Esse caminho se constrói pela educação”, diz Lucchesi.

CAMINHO ESCOLHIDO – Sobre a importância da decisão, ele lembra ainda que, há 40 anos, dois países descobriram jazidas de petróleo e tiveram a oportunidade de definir para onde iriam os recursos. Noruega optou pelo caminho da educação, da ciência e da tecnologia. A Venezuela decidiu por outros. “Hoje, a melhor das escolhas nós podemos ver com os índices de desenvolvimento sociais e econômicos dos dois países”, afirma.

Lucchesi reforça que educação é a base do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, documento elaborado pela CNI que apresenta os dez fatores-chave que podem aumentar a produtividade e a competitividade, além de indicar os caminhos para o Brasil, aproveitar as oportunidades e vencer os obstáculos que vão surgir na próxima década.

A indústria precisa de equipes educadas e bem formadas, que saibam utilizar os equipamentos, criar soluções para os problemas do dia a dia, adaptar processos e produtos e desenvolver inovações. A meta do setor é de que, até 2022, o Brasil passe da 54ª posição do ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA/OCDE) para a 43ª. O ranking considera 65 países. Para isso, a nota média deverá passar de 401, em 2009, para 480, em 2021.

Fonte: Portal da Indústria