Regulamentar a terceirização trará segurança para 22% dos trabalhadores do país

Levantamento da CNI com dados do IBGE sobre mercado de trabalho reforçam a importância dessa modalidade de contratação para gerar emprego e renda no Brasil

“Terceirizar não significa precarizar o emprego e as condições de trabalho" - Alexandre Furlan

“Terceirizar não significa precarizar o emprego e as condições de trabalho” – Alexandre Furlan

A inexistência de regras claras para a contratação do trabalho terceirizado gera insegurança e desproteção tanto para o trabalhador como para a empresa. Na visão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse quadro prejudicial à economia brasileira pode ser revertido com a regulamentação dessa modalidade de contrato, que hoje emprega 22% dos trabalhadores com carteira assinada, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Terceirizar não significa precarizar o emprego e as condições de trabalho”, diz o presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan.

Com esse intuito, a CNI defende a regulamentação do trabalho terceirizado, tema que está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e que pode ser deliberado nesta quarta-feira (14).  A indústria reforça que a terceirização faz parte do dia a dia da economia brasileira e é fonte de emprego e renda para o trabalhador. Levantamento feito na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostra que 67,8% dos trabalhadores em serviços terceirizados têm carteira assinada, contra a média de 46,3% do setor privado.

Além de apresentar taxa de formalização superior à média do setor privado, os serviços terceirizados também vem puxando o crescimento do mercado de trabalho nos últimos anos. A pesquisa do IBGE mostra que o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 53,8%, entre 2003 e 2010, nessa atividade econômica. No mesmo período, o número de postos de trabalho sem carteira assinada em serviços terceirizados foi de apenas 2,9%. “O dado contraria o argumento de que o trabalho terceirizado revoga ou afronta direitos trabalhistas”, conclui Furlan.

SONDAGEM – Pesquisa da CNI feita em 2008 com 1.443 empresas revela que 54% das empresas industriais contratam serviços terceirizados. Segundo a sondagem, 46% delas teriam redução de competitividade sem a terceirização.  O levantamento mostra ainda que 75% das indústrias consideram importante para a decisão de terceirizar o uso de novas tecnologias, 86% buscam a melhoria na qualidade e 91% visam a redução de custos.

terceirizacao_CNI

Fonte: Portal da Indústria