ICF de agosto teve recuo de 1,3% na comparação com julho e queda de 9% em relação a 2012
Em agosto, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulga hoje (20), apresentou recuo de 1,3% (123,4 pontos) na comparação com o mês imediatamente anterior, e queda de 9,0% em relação a agosto de 2012. O índice mantém-se no menor nível da série iniciada em janeiro de 2010 – em julho, o ICF apresentou quedas de 4,0% e 7,7%, nas comparações mensal e anual, respectivamente. O menor otimismo quanto ao emprego e à renda, as incertezas quanto à taxa de câmbio e o aumento do custo do crédito são alguns dos fatores que vêm se refletindo nos números. Apesar do resultado, o índice mantém-se acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável de consumo.
Na comparação mensal, com exceção do componente “Perspectiva Profissional”, todos os componentes relacionados ao mercado de trabalho e ao consumo da ICF apresentaram variações negativas. As incertezas quanto às condições econômicas no curto prazo, como inflação e mercado de trabalho, provocaram menor confiança e disposição ao consumo para o mês de agosto. Na comparação com agosto do ano passado, o ICF apresentou variação negativa (-9,0%), puxada por todos os componentes da pesquisa, na mesma base de comparação. As maiores dificuldades e aumento do custo de aquisição de crédito, crescimento menor das contratações e da renda real vêm impactando negativamente a confiança das famílias, deslocando a disposição ao consumo a um nível inferior ao mesmo período do ano passado.
Por faixas de renda, os cortes mostram que o resultado do índice na comparação mensal foi sustentado principalmente pela retração da confiança das famílias com renda acima de dez salários mínimos, com recuo de 3,1%. As famílias com renda abaixo de dez salários mínimos apresentaram variação negativa de 0,9%. O índice das famílias mais ricas encontra-se em 126,4 pontos, e o das demais, em 122,9 pontos. Na mesma base comparativa, os dados regionais revelaram que a queda do índice nacional foi puxada principalmente pelas capitais do Nordeste e do Sudeste, que registraram, respectivamente, variações de -2,6% e -1,7%. Assim, essas regiões apresentaram níveis de confiança de 126,2 e 117,4 pontos, na ordem respectiva.
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Fonte: Ascom/CNC