SUMÁRIO

Dilma Rousseff levou à ONU sua denúncia contra o monitoramento de dados por terceiros países =/= Vitória de Ângela Merkel expressa estabilidade do regime político da Alemanha =/= Pedágio é questão em aberto no Brasil =/= Intelectuais pedem abertura na publicação de biografias =/= Brasil: mais dois partidos aprovados, em suspenso a criação da “Rede” de Marina =/= Eduardo Campos e Aécio Neves se posicionam para a corrida presidencial =/= Paraná se firma como pólo automotivo =/= Governo do Estado enxuga a máquina.  

1. NOTICIA BOA

– Do Paraná: Firmando-se como um novo pólo automotivo, o Paraná está comemorando sucessos como o da fábrica de motores da Fiat, instalada em Campo Largo, que atingiu a marca de 500 mil motores produzidos desde sua implantação em 2008. Antiga unidade mista com a Chrysler, a nova indústria permite a fabricação de engenhos de propulsão que equipam os veículos da linha Fiat no Brasil e exporta modelos para vários países.

2. NA ONU, COM ESTILO

A presidente Dilma passou a semana nos Estados Unidos, primeiro para sua apresentação na assembléia geral das Nações Unidas; depois, para rodadas com empresários e potenciais investidores no Brasil. Ao inaugurar a sessão anual da ONU, a dirigente brasileira atacou a espionagem praticada pelo governo americano contra terceiros países e seus nacionais, aduzindo propostas para uma regulação internacional da rede internet. No entanto, Dilma procurou equilibrar os fatores, visando preservar o bom nível das relações tradicionais entre os dois países.

3. MAIS DOIS PARTIDOS

Ao abrigo da permissiva legislação partidária vigente mais duas legendas acabam de ser criadas: o “Solidariedade”, liderado pelo deputado Paulinho, da Força Sindical e o PROS (Partido Republicano da Ordem Social), por iniciativa de um ex-vereador de Goiás. Enquanto o primeiro tende para a esfera oposicionista, o PROS se pronuncia a favor do governo em função, mas ambos deverão arrastar para suas bancadas perto de 50 parlamentares federais – um “troca-troca” fortemente censurado pela opinião pública, que pede freios para essa proliferação partidária. No limite ela enfraquece a legitimidade da democracia.

Em contraponto, a Justiça Eleitoral ainda não aprovou a criação da “Rede de Sustentabilidade”, o partido projetado pela ex-ministra Marina Silva – o que pode dificultar sua postulação presidencial em 2014. É que o prazo fatal para ingresso de candidatos em legendas partidárias vence na próxima quinta-feira, dia 3. E a sessão do TSE que poderá decidir a sorte do “partido de Marina” será dia 1º, terça – se tudo correr bem.

4. PSB DE FORA

Em paralelo, dando partida para a sucessão presidencial, os integrantes do Partido Socialista Brasileiro liderado pelo governador Eduardo Campos (Pernambuco) estão se afastando da aliança com o PT e deixando cargos e funções na área federal e nos estados. O divórcio já foi concretizado no Rio Grande do Sul e no Ceará os irmãos Gomes (o governador Cid e o ex-ministro Ciro) se preparam para trocar o PSB pela área situacionista. Mas o governador pernambucano, surpreendentemente, conseguiu reter na legenda a maioria das personalidades do partido.

5. AÉCIO EM CURITIBA

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, ancora o encontro regional que o Partido promove neste sábado, dia 28, em Curitiba. O evento começa às 9 e vai até 13 h, no Clube Urca à rua Albano Reis, 170, bairro Ahú (fundos do Centro Cívico, pouco adiante do ‘Museu do Olho’), com entrada livre para os filiados e simpatizantes da legenda tucana. Além da mensagem nacional do senador mineiro – que é postulante à indicação presidencial para as eleições de 2014 – estarão presentes lideranças do Partido, como o governador paranaense Beto Richa e o deputado federal Nelson Marchezan Junior (RS), que pede uma abordagem conjunta para as questões da Região Sul.

Marchezan reclama da omissão do governo federal para com a Região, especialmente no que tange à infra-estrutura e ao processo de desindustrialização – que debita à forma como vem sendo conduzido o intercâmbio do Brasil com o exterior, sobretudo no Mercosul -, propondo para reverter essa realidade, maior integração entre suas lideranças (a exemplo da ação política de outras áreas).

6. CONTRA A CENSURA

Um alentado corpo de intelectuais do eixo Rio-São Paulo acaba de publicar manifesto contra a clausula do Código Civil que cerceia a publicação de biografias que não sejam autorizadas pelos interessados ou seus herdeiros. Nesse sentido membros da Academia Brasileira de Letras, professores de universidades, escritores, ensaístas e outros membros da intelectualidade apóiam as iniciativas legislativas e judiciais “voltadas à correção dessa anomalia do ordenamento jurídico brasileiro”, porque a publicação de obras biográficas consulta os interesses da nossa História e da inteligência nacional.

MISCELÂNEA

A vitória da primeira-ministra Ângela Merkel, da Alemanha, mostrou que um governo sério e comprometido com a realidade pode ser recompensado por sua sociedade. Merkel se beneficiou da singular estrutura política de seu país, que equilibra a representação das correntes de opinião com a governabilidade, moderando demandas excedentes à capacidade de suporte da economia nacional. Na Alemanha vigora um regime de voto distrital misto, conjugado com a existência de uma cláusula de desempenho que inibe a proliferação de legendas partidárias de ocasião ou de aluguel – o que reduz a ineficiência e corrupção no meio político.

Ainda na ONU, o novo governo do Irã mostrou sinais de reaproximação com as potências do Ocidente, moderando o radicalismo anterior.

MISCELÂNEA (II)

Questão do pedágio continua em aberto, dificultando a transferência de vias para o setor privado via concessões. Ou a tarifa é fora da realidade como no Paraná ou abaixo do viável como nas operações concedidas pela União – tudo indicando a necessidade de se encontrar um equilíbrio com vistas ao interesse público.

MISCELÂNEA (III)

O Governo do Estado anunciou medidas para enxugar a máquina administrativa, visando economia de meios e mais racionalidade para atingir os objetivos da gestão =/= Exército prestou homenagem póstuma ao general Ítalo Conti, que foi expedicionário na II Guerra e desempenhou exemplarmente as funções públicas. Suas cinzas foram depositadas em um monumento no quartel do Boqueirão, por iniciativa do comandante daquela organização militar, tenente-coronel Marcelo Gurgel =/= A renúncia do desembargador Clayton Camargo reabriu a corrida para a escolha de um novo presidente para o Tribunal de Justiça do Paraná. O pleito interno, em consulta aos 120 membros da Corte superior do Judiciário estadual, será decidido na quinta, dia 3.

 Até 27 de Setembro de 2013

Rafael de Lala,

Presidente da API – Associação Paranaense de Imprensa

Fonte: API – Associação Paranaense de Imprensa