O Inova Talentos vai selecionar os projetos de inovação inscritos no edital até 19 de dezembro e indicará, aos selecionados, de um a três bolsistas. Os bolsistas, jovens profissionais com até três anos de formado, receberão de R$ 1,5 mil a R$ 3,5 mil mensais do CNPq para acompanhar e desenvolver, durante um ano, o projeto de inovação aprovado pelo programa.

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA – “Hoje temos muita produção acadêmica mas pouca transformação de conhecimento em negócios. Há pedido de patentes, proteção do conhecimento, mas pouca transferência de tecnologia”, afirmou Oswaldo Massambani, vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) e professor da Universidade de São Paulo.

Argemiro Costa, gerente de pesquisa para América Latina da Pirelli, concordou com Massambani sobre a interação entre universidade e empresas. “Há sempre um problema de quem é a propriedade intelectual, se de quem pesquisou ou de quem financiou a pesquisa. A questão não é essa, mas sim a gestão da produção e a disseminação do conhecimento”, defendeu. Segundo ele, as empresas perdem muito tempo e foco no projeto de inovação em si com os contratos.

Costa apontou também o problema da formação profissional. “Temos dificuldades de encontrar bons profissionais capazes de gerenciar um projeto de inovação, de pesquisa. Por isso acredito que o Inova Talentos vai ajudar tanto na interação entre os centros de pesquisa e as indústria quanto na seleção e qualificação dos profissionais”, finalizou.

O IEL apresentará, nesta quarta-feira, o programa Inova Talentos para empresários, também em São Paulo, no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI).