Segundo a economista, a boa performance paranaense é determinada pela melhora na operação dos principais setores industriais do no Estado, “especialmente o agronegócio – fruto da safra recorde e dos preços ainda elevados no mercado internacional –, a química e petroquímica, a metalmecância e os insumos para a construção civil”.
ATIVIDADES – Dez das quatorze atividades pesquisada tiveram aumento na produção. As principais contribuições vieram dos ramos de edição, impressão (91,7%), com aumento na fabricação de livros, brochuras ou impressos didáticos; veículos automotores (25,3%), impulsionado, sobretudo, pela maior produção de caminhões e caminhão-trator para reboques e semirreboques.
Também contribuíram para o resultado a produção de máquinas e equipamentos (15,3%), especialmente tratores agrícolas, máquinas para colheita, elevadores para o transporte de pessoas, máquinas para trabalhar matéria-prima para fabricar pasta de celulose, partes e peças de refrigeradores e bombas centrífugas. Outras atividades industriais com bons desempenhos foram minerais não metálicos (10,4%); e refino de petróleo e produção de álcool (9%), pela elevação na fabricação de álcool etílico e óleo diesel e outros óleos combustíveis.
COMPARATIVOS – O ritmo de produção, de setembro para outubro, teve expansão de 2,1%, frente variação de 0,6% para o Brasil. “A inversão da curva observada em outubro propiciou a recuperação de parte da perda de 2,7% registrada em setembro”, comenta Ana Sílvia. Onze das 14 atividades pesquisadas mostraram elevação, com destaque para os ramos de edição e impressão, máquinas e equipamentos, produtos de metal, bebidas e madeira.
O índice acumulado nos dez meses do ano mostrou expansão de 5% da indústria paranaense, ante alta de 1,6% para a indústria nacional. Dos 14 setores pesquisados, dez apontaram resultados positivos, com destaque para veículos (16,5%), máquinas e equipamentos (15,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10%); produtos químicos (9,6%); e minerais não-metálicos (7,5%).
No acumulado em 12 meses, encerrados em outubro, a produção industrial paranaense avançou 0,4%, assinalando a primeira taxa positiva desde outubro de 2012 (1,5%) e mantendo a trajetória ascendente iniciada em março.
Os melhores resultados ficaram por conta dos setores de máquinas e equipamentos (12,6%); máquinas aparelhos e materiais elétricos (10,8%); produtos químicos (7,9%); e minerais não metálicos (6,0%).
De acordo com a economista Ana Silvia, o resultado paranaense reflete os primeiros efeitos dos investimentos das empresas que se instalaram no Estado desde o início de 2011, atraídas pelo Programa Paraná Competitivo. “Também colaboram a vitalidade do mercado de trabalho regional e das obras de infraestrutura, em execução pelo governo estadual”, afirma.
