A pesquisa Indicador de Custos Industriais, elaborada trimestralmente pela CNI, revela que a redução das tarifas de energia elétrica nos custos de produção, de 13,5%, amorteceu a alta do indicador
O indicador, formado pelos custos de produção, de capital de giro e tributário, registrara altas de 6,4% e 6,5% em 2011 e 2012, respectivamente. O aumento de 4,1% em 2013 ficou 1,9 ponto percentual abaixo da elevação de 6% nos preços industriais, melhorando, portanto, a margem de lucro do setor.
CUSTO DE CAPITAL DE GIRO – As altas da Selic, a taxa básica de juros, desde abril, contribuíram para o aumento de 0,4% no custo de capital de giro em 2013. Apesar das elevações nos dois últimos trimestres do ano passado, puxadas pelo ICMS, na média de 2013 o custo com tributos caiu 0,6% na comparação com o ano anterior, na primeira queda desde 2009.
A pesquisa da CNI informa que, além de recuperação parcial da margem de lucro, a competitividade da indústria brasileira – sugerida pela diferença entre os custos internos e os preços, em reais, dos manufaturados importados e dos manufaturados nos Estados Unidos – evoluiu positivamente no ano passado, mesmo com o impacto da desvalorização cambial menor do que em 2012. “Os preços, em reais, dos manufaturados importados pelo Brasil cresceram 9,8% (contra 16,9% em 2012) e dos manufaturados comercializados no mercado norte-americano 10,8% (contra 19,2%). Em ambos os casos, os custos industriais cresceram abaixo da taxa de crescimento dos preços internacionais”, assinala a pesquisa.
Fonte: Portal da Indústria/ Foto: CNI
