
A terceira etapa do programa de dragagem de regularização dos portos paranaenses, que teve início no último mês de novembro, segue em ritmo intenso e alguns trechos já entram em fase de conclusão. Foto: Appa
Como explica o superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, a dragagem tem que ocorrer sem que as operações dos portos sejam paralisadas. “Por isso, esperamos a compreensão de todos os operadores, agências marítimas e demais empresas que operam pelos portos do Paraná. Estamos com três equipamentos trabalhando, simultaneamente, para garantir, além de qualidade, agilidade nessa campanha de dragagem, principalmente nos berços de atracação”, afirma.
Ainda segundo Dividino, até a próxima semana, se tudo correr como o previsto, todos os berços estarão dragados, livres para operar com plena capacidade.
EQUIPAMENTOS – A draga Xin Hai Niu, a maior, com capacidade de cisterna de dez mil metros cúbicos, já concluiu a dragagem da bacia de evolução (de profundidade de 12 metros, de onde foram retirados cerca de 1,3 milhão de metros cúbicos de sedimentos) e atualmente trabalha no canal de acesso ao Porto de Paranaguá. Este trabalho no canal externo, de profundidade entre 13 e 15 metros, foi dividido em três etapas (por áreas Bravo 2, Bravo 1 e Alfa). Na primeira etapa, a atual, serão dragados 200 mil metros cúbicos. No total, nessa área externa, serão 2,5 milhões de metros cúbicos removidos.
Desde quarta-feira (12), a draga Elbe, com capacidade de 2,8 mil metros cúbicos, está dragando os berços de atracação do Porto de Paranaguá. Esta semana, a obra está nos berços 209 (no centro) até o final do TCP (217). Em seguida, o equipamento vai trabalhar nos berços 208 ao 201. A previsão, nesta etapa, é retirar 200 mil metros cúbicos, em uma semana de trabalho. Na sequência, a draga segue para o píer de inflamáveis e, então, para o Porto de Antonina. As profundidades dos berços, que serão restabelecidas, variam de oito a 13 metros.
Também na última quarta, a draga Hang Jun, com capacidade de cisterna de cinco mil metros cúbicos, chegou para fazer a bacia de evolução do píer de inflamáveis, canal do Surdinho (canal alternativo, com profundidade de 12 metros), e o Porto de Antonina (profundidade de nove metros).
Segundo o engenheiro Pedro Gabriel Villaça, da DTA Engenharia, empresa responsável pela obra, esta é a primeira vez que três dragas Hopper são disponibilizadas para um único contrato. “Ao colocar três dragas para trabalhar, atendemos todas as solicitações dos Portos do Paraná, simultaneamente. O Porto de Paranaguá tem muitas prioridades, em áreas distintas, por isso não podemos deixar nenhuma área sem a atenção e o cuidado necessários”, afirma Villaça, que é o gerente de Contrato que atende a Appa.
O investimento total dessa dragagem é de R$ 115 milhões.