Suíça pede fim da dupla tributação para ampliar investimentos no Brasil

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Em reunião com o governo e o setor privado da Suíça, presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que o Brasil é um país atrativo para investimentos estrangeiros e está modernizando sua infraestrutura

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“Temos um dos três melhores mercados do mundo”, Robson Braga de Andrade (à direita)

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, surpreendeu o ministro da Economia da Suíça, Johann Schneider-Ammann, e a delegação de 26 grandes empresas daquele país, ao falar das potencialidades do Brasil. Segundo ele, a primeira análise que grandes empresas fazem antes de investir em terceiros mercados é a macroeconômica e o Brasil nem sempre está bem posicionado. “Os números são frios”, destacou Braga de Andrade em evento realizado na CNI. “Temos um dos três melhores mercados do mundo”.

O Brasil tem investido em logística e infraestrutura e a CNI trabalha com o governo para reduzir a burocracia na abertura e no fechamento de empresas. “A burocracia é um dos nossos principais gargalos, pois tem um alto custo nas áreas ambiental, tributária e no comércio exterior. Também estamos trabalhando para desonerar investimentos, pois queremos trazer mais inovação e tecnologia”, afirmou o Andrade.

Segundo o ministro da Economia, a Suíça tem investido em educação, pesquisa e desenvolvimento, e encorajado suas empresas a formar parcerias de longo prazo. Os suíços são o sexto maior investidor do Brasil. O governo do país elegeu três prioridades na relação bilateral: fim da dupla tributação, regras de proteção de investimentos e acordos comerciais.

 OPORTUNIDADES – Num discurso bem ensaiado, o presidente da Economiesuisse, congênere da CNI no país europeu, Heinz Karrer, explicou que o Brasil parece, para os empresários que estão de fora, um mercado distante com muitas barreiras ao comércio. “Para mim, é um mercado grande com muitas oportunidades. E estamos muito aquém do nosso potencial de investimentos, principalmente, em alta tecnologia”, afirmou Karrer.O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, garantiu que esses temas estão no topo da agenda de comércio exterior da iniciativa privada brasileira. “A indústria brasileira passou por um déficit de manufaturados de US$ 105 bilhões no ano passado. Não somos um país fechado. Somos um país aberto. E a CNI defende o livre comércio”.

Fonte: Portal da Indústria