Representantes dos consumidores de energia de Campo Largo debateram responsabilidades e desafios para energia em Encontro Nacional organizado pela ANEEL

Conselheiros da Cocel

Entre os dias 24 e 28 de março, em Brasília, aconteceu o I Encontro Nacional dos Conselhos de Consumidores de Energia – cada dia do evento foi dedicado a uma classe de consumo. Promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, o evento reuniu conselheiros das classes residencial, comercial, industrial, rural e poder público, que participaram de palestras e discussões. Conselhos de sessenta concessionárias, de vinte estados, participaram do Encontro.

Representantes dos consumidores das classes residencial, industrial e rural da Companhia Campolarguense de Energia – Cocel participaram das reuniões.Hugo Ruthes, representante da classe rural e presidente do Conselho de Consumidores da Cocel, destaca a participação das confederações do setor agropecuário no evento. “Pudemos aprofundar nosso conhecimento a respeito de todos os sindicatos e cooperativas do país relacionadas à área rural”, conta Ruthes. Ele também ressalta que estavam presentes representantes de concessionárias de todo o país, e por isso foi possível discutir e procurar soluções para problemas que são comuns em todos os estados, e se percebem as dificuldades pontuais.

Irineu Karachenski, também representante dos consumidores da classe rural, conta que os projetos de incentivo para irrigação noturna foram bastante discutidos durante o Encontro. “Em nossa região os produtores rurais ainda não conseguiram ser beneficiados com este incentivo”, informa Karachenski, ressaltando que a necessidade de adequar os padrões de entrada de energia e obter autorização para uso da água na irrigação dificultam o processo.

O vice-presidente do Conselho de Consumidores da Cocel, Cassio Eduardo Garret, destaca que todos os presentes reivindicaram à ANEEL uma atuação mais intensa na fiscalização de perdas comerciais (quando a energia que seria vendida pela concessionária é irregularmente desviada). Garret representa os consumidores da classe de consumo residencial, que é a maior em número de unidades consumidoras. “Mesmo sendo maioria, os consumidores residenciais ainda têm pouco poder de influência e decisão nos Conselhos, por seu consumo não ser tão representativo. Esta situação precisa mudar.” – conclui Garret, informando que a dificuldade em fazer com que os consumidores residenciais consigam uma maior representatividade foi uma das pautas discutidas.

Em Campo Largo, os consumidores residenciais representam 88,13% do total de unidades consumidoras, e são responsáveis por 26,47% do faturamento, de acordo com dados fornecidos pela Cocel (referentes a dezembro de 2013).O Encontro dos consumidores das indústrias rendeu discussões acaloradas entre consumidores e ANEEL. Luiz Antonio Chiquitti representou a indústria campo-larguense e conta que a ANEEL foi severamente cobrada pelos presentes para que aumente a fiscalização nas concessionárias e garanta que os investimentos necessários sejam realizados pelo governo. “O preço da ineficiência de algumas concessionárias e de decisões equivocadas nos investimentos acabam sendo repassados a todos os consumidores”, declara Chiquitti.

A indefinição sobre os valores de reajuste das tarifas também foi criticado pelos presentes: “o custo da energia faz muita diferença no preço final dos produtos da indústria, e essa indefinição na previsão de reajuste faz com que qualquer planejamento de custos de longo prazo seja prejudicado” – completa Chiquitti.

Fonte: Ascom/Cocel