*Antonio Moroz

Divulgação: Petrobras
Relatório apresentado ontem (13/05) pela OPEP, demonstra o crescimento da produção de petróleo, a qual ainda não ultrapassou o volume 2013, mas de forma geral é uma ótima notícia. O princípio utilizado mundialmente que preconiza “quanto maior a produção, menor o preço”, não se aplica para indústria do petróleo nacional. O sistema monopolista e de alto custo, imposto ao consumidor brasileiro, o desrespeita vergonhosamente, não dá poder de escolha e as distribuidoras são apenas repassadoras dos preços ditados pela concessionária.
As tarifas aplicadas pela concessionária, na maioria das vezes, são para cobrir seus déficits e má gestão (exemplo de Passadena), e vêm contra as determinações do Copom, o qual estabelece os preços máximos para gasolina no ano. Para a exportação do óleo bruto, a companhia segue preços internacionais baseada no dólar e preço do barril, já para comercialização da gasolina importada, os brasileiros, iludidos que a Petrobras e o petróleo são nossos, pagam a conta considerada a maior do mundo para diversos insumos, sobra tributação em detrimento ao desenvolvimento do país.
Em silêncio, as entidades que deveriam regular com autonomia e transparência o setor, tem uma participação praticamente pífia, são depositárias de Leis, Resoluções e Medidas Provisórias, quase todas aplicáveis, mas conforme os interesses maiores, sem beneficiar distribuidoras e muito menos o consumidor. Se as regulamentações fossem cumpridas como deveriam ser, tanto para empresas públicas como privadas, teríamos preços internacionais nas bombas, nos gasodutos, enfim, para todos os subprodutos do petróleo.
Nós usuários não temos para onde correr, a gasolina que compramos não é gasolina, quase 30% é batizada com álcool, mas não demora para chegar aos 30%, pedido do Ministério da Agricultura já foi enviado ao MME, assim os produtores de álcool poderão vender seus estoques. O valor final dessa gasolina deveria ser outro, os tributos deveriam recair sobre os 70%, principalmente agora que a Medida Provisória 634/13, isenta o álcool importado do pagamento do PIS e Cofins até 2016. Para os consumidores, o valor da gasolina não passa de um grande engodo, o volume global das diferenças da gasolina batizada é uma fábula (sem que se explore um litro de petróleo sequer), desta maneira, jamais haverá interesse da concessionária de tocar em frente os projetos de construção, em regiões estratégicas, de refinarias de petróleo, que produziriam gasolina e subprodutos a preços competitivos.
Só podemos acreditar que a autossuficiência de produção só existiu mesmo, ao nível de marketing, à época o ato teve bom resultado, mas não foi devidamente avaliado, somente prestou para sujar as mãos dos políticos do PT, agora é tarde. Políticos que chegaram ao poder empunhando a bandeira que dizia “A Petrobrás é Nossa”, literalmente fizeram isso acontecer, hoje com tristeza, vimos a empresa mergulhada na decadência, tudo por causa de interferências políticas e de má gestão. E para nós consumidores resta os sucessivos aumentos, aumentos estes que atingem toda Nação pelas mais diversas cadeias produtivas e que está despertando o monstro da Inflação.
Fonte: Moroz Comunicação