Investimento do consórcio, no qual a companhia faz parte, será de cerca de R$ 100 milhões na primeira fase da exploração
A Copel assinou, em 15/05/2014, os contratos de concessão de dois dos quatro blocos para exploração de gás natural arrematados no leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em novembro de 2013. O investimento do consórcio integrado pela Copel e outras três empresas será de cerca de R$ 100 milhões na primeira fase da exploração, com duração de quatro anos, na qual serão aprofundados os estudos para identificar a capacidade de produção dos blocos. Caso apresentem potencial comercial, a produção pode se estender por 27 anos.
O presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, disse que a assinatura das concessões marca efetivamente a estréia da companhia na exploração de gás natural. A ideia é reverter o grande potencial de produção na nova fronteira da Bacia do Paraná em benefícios para a população e o desenvolvimento do setor produtivo do Estado de Paraná. A assinatura dá início ao prazo de concessão para estudo e prospecção do potencial de produção dos blocos 300 e 309, que somam uma área total de 6 mil km² nas regiões de Pitanga e Guarapuava, na Bacia do Paraná. “São blocos que já apresentam reservas conhecidas de pequeno porte, e onde pretendemos realizar perfurações mais profundas para identificar reservas com potencial comercial”, afirma Jonel Iurk, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel.
Os outros dois blocos a serem explorados, por se localizarem a menos de 150 km da fronteira, terão suas concessões assinadas no dia 5 de junho de 2014, após análise pelo Conselho de Defesa Nacional. Ambos apresentam indícios do chamado gás não-convencional, ou “shale gas”, mas sua exploração ainda demandará estudos mais aprofundados de viabilidade econômica e ambiental, por exigir a aplicação da técnica de fraturamento hidráulico das rochas para obtenção do gás.
As estratégias de aplicação do gás explorado ainda estão sendo avaliadas, segundo Zimmer, e dependem do volume de gás encontrado. “Ele pode tanto ser canalizado para suprimento a polos industriais, com distribuição da Compagas, ou servir de combustível a usinas térmicas junto aos poços, incrementando o parque gerador da Copel”, afirma o presidente.
Fonte: Newsletter CanalEnergia