O deputado Ney Leprevost apresentou projeto-lei, instituindo Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Cerro Azul, como Patrono do Comércio do Paraná e ao mesmo tempo, inserindo no Calendário Oficial de eventos do Estado, data de 16 de julho, como o Dia do Patrono do Comércio Paranaense.

Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Cerro Azul
O governador Beto Richa sancionou nesta quarta-feira (16), na Associação Comercial do Paraná, a lei que institui Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, como Patrono do Comércio do Paraná e o dia 16 de julho como o Dia do Patrono do Comércio do Estado. A solenidade ocorreu no mesmo dia em que é comemorado o Dia Nacional do Comerciante.
“Fico honrado por ter tido o privilégio de sancionar esta lei, que presta uma justa e merecida homenagem a esse herói nacional, que é o Barão do Serro Azul. É também um reconhecimento para esta importante entidade que representa os comerciantes paranaenses”, disse Richa.“Essa homenagem faz justiça ao Barão do Serro Azul reconhecendo suas inestimáveis contribuições ao Estado do Paraná. Foi um grande líder, empreendedor e o maior industrial de sua época.”
O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Edson Ramon, destaca a importância da homenagem ao fundador da entidade e uma das principais figuras políticas da história do Paraná. “Essa data é muito importante para a ACP, que existe há 124 anos graças aos esforços do Barão do Serro Azul. Transformá-lo em Patrono do Comércio do Paraná é uma homenagem mais que merecida, que enaltece sua figura de herói”, ressaltou Ramon. “Ele é o símbolo do empreendedorismo, do comércio e do desenvolvimento econômico do Paraná, uma pessoa que deixou um grande legado para o Estado.”
Bisneto do Barão do Serro Azul, Fernando Fontana ressalta que o trabalho do Barão em diversas áreas contribuiu com o desenvolvimento do Estado. “O Barão é hoje um símbolo do Paraná. Por isso a proposta de homenageá-lo e de o designarem como patrono da classe empresarial do Paraná é tão significativa”, afirmou Fontana.
HISTÓRIA – Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, nasceu em Paranaguá em 6 de agosto de 1849. Maior exportador de erva-mate do Paraná no século XIX, destacou-se por ser uma importante figura política e empresarial da época, além de líder abolicionista do Estado. Em 1 de julho de 1890, participou da fundação da Associação Comercial do Paraná e tornou-se seu primeiro presidente.
Durante a Revolução Federalista, em 1893, negociou com os chamados maragatos para proteger a população da capital paranaense dos rebeldes. Por causa do ato, foi considerado traidor da República, sendo executado no dia 20 de maio de 1894 na Serra do Mar, no litoral paranaense.
Em 2004, o nome do Barão de Serro Azul foi incluído no Livro dos Heróis da Pátria, existente no Panteão da Pátria em Brasília.
HISTORIA
Segundo dados históricos o Barão do Cerro Azul comparam-no à Mauá, pois, talvez, nenhum outro paranaense tenha produzido tanto na política ou na atividade empresarial quanto ele.
A simpatia que causou ao imperador Dom Pedro II quando este visitou Curitiba em 1881 rendeu-lhe a comenda da Imperial Ordem da Rosa, que lhe foi entregue pelo imperador.
Nas eleições de 1882, elegeu-se deputado provincial. Desenvolveu suas funções com sucesso enquanto uma crise política empolgava as ruas.
Assumiu interinamente o governo da província em 1888. Cuidou de apaziguar os ânimos, mas não pode evitar a crise parlamentar que ocorria na Assembléia Provincial.
Ildefonso Pereira Correia foi o maior exportador de erva-mate do Paraná e maior produtor de erva-mate do mundo. Durante a revolução Federalista, ele e outras cinco pessoas proeminentes da cidade de Curitiba foram executadas sumariamente por ordem do general Éwerton de Quadros sem qualquer processo legal ou acusação formal.
A Lei nº 11.863, de 2008, foi sancionada pelo Presidente da República em 15 de dezembro de 2008 e publicada no Diário Oficial da União em 16 de dezembro de 2008, inscrevendo o nome de Ildefonso Pereira Correia, o Barão de Serro Azul, no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.
Fonte: Assessoria de Imprensa/ Dep. Ney Lepreevost
Por Moroz Comunicação