1. CONTRA A HUMANIDADE
O bárbaro episódio da execução por decapitação do jornalista norte-americano James Foley, por terroristas de um grupo radical no Iraque, despertou comoção e repulsa mundiais. A comissária de Direitos Humanos da ONU declarou que com esse e outros atos de genocídio contra populações civis o grupo incorreu em “crime contra a humanidade”, passando a ficar sujeito a sanções gerais.
Em conseqüência da repercussão negativa daquele delito, outro grupo radical – o braço sírio da rede Al Qaeda – libertou o também jornalista Peter Curtis. Dolorosamente os correspondentes de guerra acabam sendo usados como moeda de troca entre grupos armados irregulares e os governos ocidentais; e quando não aceita a transação ignóbil, são vitimas de carrascos insensíveis cuja conduta enoja e deve ser punida.
2. TECNOLOGIA ALIADA
Os jornais brasileiros estão buscando um caminho alternativo para a era digital, conforme as conclusões do Congresso realizado semana passada em São Paulo. Em apresentação no evento, a paranaense Ana Amélia Filizola, diretora da “Gazeta do Povo”, mostrou estudo que assinala um alcance e relevância maior da notícia do que o meio papel nos jornais de publicação regular (os sites suportados nas redações é os que têm mais credibilidade por parte da audiência eletrônica). Ana Amélia ofereceu, no evento, uma ferramenta para mensurar esse alcance ampliado; que se juntam às inovações adotadas pela ANJ: uma plataforma comum para simulação de espaço e comercialização de anúncios na mídia impressa.
3. SEM “SECRET”
Nada de perfis postados em redes digitais por pessoas que não se identificam. Fundamentado no principio de que a Constituição brasileira – ao garantir o direito de expressão, veda o anonimato – um juiz de Direito do Espírito Santo determinou a remoção do aplicativo de mensagens anônimas “Secret” de todas as lojas de operadoras tipo Apple e Google que funcionam no país. Tais funções, usadas inclusive em telefones celulares, estavam permitindo a postagem de perfis ofensivos sem que as pessoas vitimadas pudessem responsabilizar os autores – equivalentes eletrônicos dos mascarados “Black boks” severamente contidos durante os recentes jogos mundiais.
4. REDAÇÃO DISPLICENTE
Leitores do jornal “Folha” se sentiram incomodados, semana passada, com a manchete do primeiro caderno que proclamava: “Na TV, Lula prometerá um 2º governo melhor”. O registro mereceu crítica da própria ouvidora interna (ombudsman) do veículo, classificando esse “furo” óbvio como a manchete dos sonhos de qualquer marqueteiro. Em tempos de campanha eleitoral é preciso redobrar cuidados com o jornalismo declaratório, que abre manchetes a partir de qualquer fala de candidatos e similares – segundo advertia o professor Carlos Alberto Di Franco.
5. JORNALISMO FAMILIAR
Será lançado nesta sexta, dia 29, o Premio Agricultura Familiar de Jornalismo Região Sul do Brasil, iniciativa do escritório da FAO regional através do seu oficial de jornalismo, Mario Milani (também vice-presidente desta API). A premiação comemora o Ano Internacional da Agricultura Familiar e tem o apoio de várias entidades e instituições. Local: Mercado Municipal de Curitiba, auditório do Setor de Orgânicos, 10 horas.
Rafael de Lala,
Presidente da API
Hélio Freitas Puglielli,
Diretor de Assuntos Culturais