A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou 91,7 pontos em junho – quedas de 23,8% na comparação com o mesmo período de 2014 e 4,8% em relação ao mês passado. O índice está, pelo segundo mês consecutivo, na zona negativa – abaixo de 100 pontos.
A análise mensal de 18 mil questionários mostra que todos os indicadores ligados ao consumo (Compra a Prazo, Nível de Consumo Atual, Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis) estão na zona negativa. Os subitens relacionados à satisfação com o emprego (Emprego Atual, Perspectiva Profissional e Renda Atual) também tiveram quedas nos comparativos mensais e anuais, mas ainda permanecem acima dos 100 pontos.
A maior parte das famílias declararam estar com o nível de consumo menor que o do ano passado (49,1%, ante 46,8% em maio). Momento para Bens Duráveis é o componente que registra o menor índice (65,5 pontos) – quedas de 7,2% na comparação mensal e 38,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a CNC, a maioria das famílias (62,9%) consideram o momento desfavorável para a compra desse tipo de item, e os altos custos do crédito e de endividamento permanecem os principais motivadores do enfraquecimento na intenção de compras.
Na divisão por faixa de renda, o nível de confiança das famílias com renda acima de dez salários foi o mais abalado, registrando 91,1 pontos, enquanto o daquelas com renda inferior a dez salários mínimos ficou em 92 pontos.
Diante da perspectiva de continuidade na tendência de encarecimento dos recursos no mercado de crédito e de novas quedas na confiança do consumidor, a CNC revisou de -0,4% para -1,1% sua expectativa para o desempenho do volume de vendas do varejo restrito em 2015.
