O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, manifestou apoio à proposta apresentada pela vice-prefeita de Curitiba e secretária do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves, de uma política pública de incentivo às tecnologias limpas, em especial aos veículos puramente elétricos, durante audiência realizada nesta quinta-feira (15), em Brasília. Participaram da reunião a presidente da Curitiba S.A, Clarice Tanaka, e o coordenador técnico do Projeto Ecoelétrico, Ivo Reck Neto.
“O Mdic está assumindo a posição da redução dos impostos que incidem sobre os veículos puramente elétricos”, afirmou o ministro. Segundo o ministro, a medida será anunciada até o fim do ano, após reunião do Conselho da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que define os produtos que devem integrar a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (LETEC).
A proposta é reduzir a alíquota do Imposto de Importação de 35% para a variação de 2% a 7% e ainda o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão é uma das formas de o Brasil estimular um novo modelo de baixa emissão de carbono e assim, conseguir cumprir com as metas audaciosas de redução de gases de efeito estufa com indicação de redução de até 43%, visando 2030, que serão apresentadas, em dezembro, durante a COP 21, em Paris.
Para Mirian Gonçalves, a reunião foi positiva, pois o ministro assumiu a pauta e ainda reconheceu o modelo de Curitiba como uma referência para o País. Ela apresentou o Projeto Ecoelétrico, que obteve destaque como um caso de sucesso em mobilidade elétrica na América Latina. “Ficamos muito satisfeitos pelo compromisso pessoal do ministro com o tema e por sua menção de que o nosso projeto é o que o país precisa para avançar nesta área”, declarou Mirian, que coordena o Ecoelétrico na Prefeitura.
O projeto chamou atenção durante a Conferência de Meio Ambiente da ONU, COP 20, realizada, no ano passado, no Peru. Consiste em uma parceria entre Prefeitura de Curitiba, Itaipu Binacional, Renault-Nissan e a empresa portuguesa Ceiia. A iniciativa consolidou-se como a primeira ação da Prefeitura no sentido de cumprir com as recomendações do termo de compromisso, assinado, em 2014, durante o C 40, em Johanesburgo, África do Sul. O projeto se configura como o maior do País em veículos puramente elétricos na frota exclusiva pública.
Os resultados do uso dos elétricos são relevantes. Em 15 meses do projeto já foram poupadas 7 toneladas de CO2 e percorridos 58 mil quilômetros. Os veículos não emitem poluentes e ruídos e são eficientes em desempenho e economia aos cofres públicos. Em média, o valor do km rodado em um veículo puramente elétrico oscila entre R$ 0,05 à R$ 0,10. Já em um veículo à combustão (gasolina), este valor chega a R$ 0,30 por quilômetro rodado.
Fonte: SMCS
