Tratado, em vigor desde 1974, onera em até 40% o frete e prejudica quase 5 mil empresas brasileiras. De acordo com a CNI, medida vai melhorar a competitividade do Brasil no comércio exterior

Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, essas quase 5 mil empresas estavam reféns de dois armadores, com apenas oito navios, e fretes que chegam a ser até 40% mais caros do que os cobrados para distâncias maiores como Brasil-Peru e Brasil-Equador. “O acordo criou um privilégio e um mecanismo de transferência de renda do exportador e do importador brasileiro para o transportador. Ao por fim a essa distorção, o país vai melhorar a competitividade do comércio exterior”, diz Abijaodi.
A CNI entende que a denúncia deveria ser imediata por prejudicar as empresas que dependem desta rota marítima. No entanto, a pedido do Ministério dos Transportes, a revogação só ocorrerá em 30 dias. Desde 2014, a CNI alerta o governo brasileiro sobre as distorções criadas pelo acordo com o Chile. Atualmente, caso outro armador consiga autorização para fazer o transporte na rota Brasil-Chile, após passar por um processo burocrático, o frete só pode ser feito via Canal do Panamá, um percurso mais longo e caro do que passando pelo Estreito de Magalhães.
O Chile é um mercado importante para o setor produtivo brasileiro, por ser o segundo principal destino de investimento das indústrias nacionais, o sétimo principal destino de exportação e o 13º maior fornecedor de insumos. Para Carlos Abijaodi, a decisão o governo mostra que está atento às necessidades do comércio exterior brasileiro. As exportações e as importações para o Chile sustentam cerca de 200 mil empregos no Brasil.
CUSTO DO TRANSPORTE – Pesquisa da CNI, com 847 empresas exportadoras, aponta que o custo do transporte é o principal desafio à competitividade das exportações brasileiras. O elevado preço do frete explica, em parte, o porquê de o Brasil participar de apenas 1,2% do volume mundial de exportações de bens, apesar de ser uma das dez maiores economias globais.
“A indústria faz o que pode para melhorar sua competitividade dentro da fábrica, mas se depara com muitos obstáculos para exportar. É importante que o governo siga tomando decisões como essa, que retiram custos inexplicáveis ”, diz o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
Por Adriana Nicacio
Da Agência CNI de Notícias
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