Inflação menor este ano pode ser herança boa para área de serviços

Inflação menor este ano pode ser herança boa para área de serviços

Inflação menor este ano pode ser herança boa para área de serviços.Crédito: Divulgação

O setor de serviços encerrou 2016 com queda de 5,0% no volume de receitas, na comparação com o ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem (15) pelo IBGE.

O setor, que já havia sofrido sua primeira queda em 2015 (-3,6%), registrou, assim, seu pior desempenho anual desde o início da série histórica iniciada em 2012 (+4,3%). Nos dois anos seguintes, as variações foram de +4,1% e +2,5%.

Os destaques negativos de 2016 ficaram por conta de segmentos que se comportam como termômetros do nível de atividade e dos investimentos tais como transportes (-7,6%) e serviços administrativos e complementares (-5,5%). Já os serviços prestados às famílias (-4,4%) registraram perda menor do que a de 2015 (-5,3%). Serviços de informação e comunicação (-3,2%) e o grupo outros serviços – que engloba atividades imobiliárias, de reparação e alguns serviços públicos – apurou retração menor que a média (-2,8%).

Apesar do resultado negativo anual, ao final de 2016, mais especificamente no último bimestre do ano, o setor deu sinais de reação, quando foram registradas altas de 0,2% e 0,6% em relação ao mês imediatamente anterior, respectivamente, fato que não ocorria desde o final de 2013, quando as variações foram de +0,1%, em outubro, e de +1,0%, em novembro. “A perda de fôlego da inflação de serviços poderá, portanto, ser a herança positiva deixada por um ano ruim para as atividades terciárias”, explica Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Ele informa que, segundo o IPCA, a inflação de serviços de janeiro deste ano (+0,36%) é praticamente metade daquela percebida no primeiro mês de 2016 (+0,67%). Em doze meses, o IPCA de serviços acumula alta de 6,2%, a menor desde agosto de 2008 (+5,9%). “As evoluções da confiança e do mercado de trabalho serão fundamentais para o resgate do nível de atividade no setor. Somados à tendência recente de perda de força da inflação, esses dois fatores deverão proporcionar estabilidade na geração de volume em 2017 após dois anos de perdas, devolvendo, mais claramente em 2018, a capacidade de crescimento do setor terciário, responsável por quase 70% da geração de riqueza do País”, contextualiza Bentes.

Acesse abaixo o estudo da Divisão Econômica da CNC na íntegra.

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Fonte: Ascom/CNC

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