SINDIREPA/PR preocupado com a baixa formação dos jovens, pois o problema vem se agravando a ponto de se tornar uma grave questão de Segurança Pública. A Diretoria do Sindirepa/PR encaminhou carta ( a qual apresentamos abaixo) ao ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro para que este acabe com o mal que se tornou o ECA (Estatuto da Criança e o Adolescente) para a sociedade, em especial aos jovens.

A culpa do descaminho e da marginalidade de hoje que se tornou uma questão de insegurança geral no Brasil foi a falta de oportunidade e ocupação para os jovens adolescentes, excesso de proteção que jamais houve, e falta de educação e formação familiar.
A população, o país, a sociedade não aguenta mais tanta hipocrisia e falso protecionismo.
Um dos grandes equívocos de governos passados e hoje as consequências não mensuradas foi a proibição de o menor aprendiz ser aproveitado na indústria e no comércio com o pretexto de exploração do trabalho infantil. Foi generalizado confundindo o trabalho da criança com o do adolescente. A partir dos 14, 15 anos é a melhor idade para formação do caráter cidadão e a iniciação e o despertar da vocação profissional do adolescente que está ansioso para descobrir o mundo e ter o seu dinheiro para comprar os seus sonhos de consumo, porém sempre vinculando a continuidade da escola com cursos regulares, com isso o grande serviço prestado pelo SISTEMA S que sempre foi o responsável pela formação e o despertar a vocação profissional dos jovens hoje adultos. Temos grandes empresários e excelentes profissionais que tiveram a oportunidade de ser um aprendiz do SENAI e hoje são grandes geradores de empregos e oportunidades.
Hoje o conceito de aprendiz que se criou é uma grande ilusão onde a idade de 18 a 24 anos é considerada aprendizes, estes não têm o menor interesse em começar a aprender uma profissão, seu tempo já passou roubaram-lhe a sua oportunidade de aprender na hora certa. Nesta idade muitos destes, já são pais, responsáveis e provedores do sustento de famílias querem o que não podem ter, serão os eternos insatisfeitos, pois o salário de um aprendiz não é o mesmo de um profissional, que teve um aprendizado na hora certa muita vezes com o risco de sanções a quem oportunizou a este menor um aprendizado, tiraram a oportunidade deles quando passaram a melhor idade de despertar o interesse por uma profissão, com a ilusão de ser exploração.
Hoje o que temos é o descaminho com grande parte de menores que foram para a marginalidade, para o crime, para o tráfico de drogas, mulas do contrabando. Chega de empurrar o menor para marginalidade, todo dia tem reportagem com crianças empunhando armas poderosas de alto poder de fogo e escutamos quando presos ou entrevistados dizem que não tiveram oportunidade na vida, e foram empurrados para este caminho temos como dar esta oportunidade para não morrerem tão jovens, pois a vida do crime é curta.
Temos a solução para o impasse e a confusão que se criou por falta de maturidade e conhecimento profundo do que o SISTEMA S fez por este país por décadas com os recursos dos S’s. Este pode se tornar um projeto firmando parcerias com os colégios públicos estaduais e municipais que estão arcaicos e sua maioria de péssima qualidade comprovados pelas pesquisas e resultados onde se formam apenas profissionais com diploma e não com conhecimento.
A proposta é simples, os adolescentes passariam por uma espécie de vestibular para iniciação profissional para ingressar nas escolas profissionalizantes dos SISTEMAS S’s do Brasil ao invés de querer aleijar estas entidades que há mais de 75 anos foram responsáveis pela formação da mão de obra que permitiu o desenvolvimento do Brasil. O SISTEMA S tem um potencial incrível para a evolução tecnológica que o mundo exige,
porém não esqueçamos que sempre precisamos alguém que saiba fazer, colocar a mão na massa para fabricar, consertar, recuperar, manter afinal nada é eterno a manutenção é indispensável em nosso dia a dia e não só pensar que a mão de obra surge do nada alguém tem que preparar este profissional com qualidade.
MENOR APRENDIZ questão de segurança nacional: quando o Menor não tem oportunidade de um futuro digno de se tornar um profissional, o crime e a marginalidade o adota, sem direitos e sem reclamação trabalhista um tiro resolve a pendência ou o desacordo.
Menores morrendo na adolescência no auge do inicio da vida, com armamento pesado na mão. Cadê os direitos tanto propagado dos defensores hipócritas dos direitos humanos e cadê os direitos humanos das vitimas que ele fez pelo caminho curto e torto por falta da oportunidade que o roubaram?
A insalubridade proíbe o menor de estagiar nas empresas que são verdadeiros laboratórios de aprendizagem obrigando as empresas contratar porem a empresa não pode treinar na atividade que ele esta se formando. Confunde-se com crianças em carvoarias e até mesmo com trabalho escravo. Planos de medicina ocupacional definem se existe risco e como saná-las ou neutralizá-las.
Cadê o direito de os pais de educar e repreender seus filhos quando aprontam? Uma palmada não mata ninguém, pelo contrário mostra o limite do certo e do errado. (Ninguém está falando em tortura ou espancamento isso sim é crime) estamos falando em educar e mostrar o limite, ensinar a criança a respeitar os mais velhos, diferenciar o certo do errado respeitar os pais, professores e os que estão participando e se responsabilizando pela de sua educação.
TEM QUE RASGAR o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e fazer um NOVO sem demagogia e falso moralismo tendencioso, deixando claro os direitos e principalmente os deveres sem IDEOLOGIA de gêneros, incluindo os direitos e deveres dos menores e dos adolescentes, deixando claro que existe penalidade e limites para que tenham ciência de seus atos.
Valorizar as boas práticas. Basta ver quantos egressos são os empresários ou profissionais que tiveram esta oportunidade com cursos profissionalizantes do SISTEMA S.
Educação básica com inserção na aprendizagem de ofício.
Chega de incentivos às UniEsquinas que estão enchendo o próprio bolso e não formam profissionais com a qualidade necessária, um custo alto pago pelos pais e pelo país e sai para o mercado de trabalho não tem nenhum conhecimento e nenhuma base profissional aceitável pela sociedade.
Estamos passando por um momento turbulento é preciso mudar o que esta errado e valorizar o que esta certo. Valorizando o profissional capacitado e dando oportunidade de capacitar e reciclar os profissionais que precisam.
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Curitiba, maio de 2019
Wilson Bill Presidente do SINDIREPA-PR
Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Paraná – SINDIREPA-PR.