
Reunião ocorreu da manhã desta terça-feira (9), no Auditório Legislativo. Créditos: Valdir Amaral/Alep
Transparência, segurança e obras foram os pontos centrais cobrados pelos deputados estaduais durante reunião da Comissão de Obras Públicas, Transporte e Comunicação, da Assembleia Legislativa do Paraná, com integrantes das cúpulas das novas empresas concessionárias de rodovias do estado. Os parlamentares falaram dos transtornos enfrentados pelos usuários, com grandes filas nas praças de pedágio no início das cobranças, além de apresentarem sugestões aos representantes da Via Araucária e da EPR Litoral Pioneiro, responsáveis pelos lotes 1 e 2. O encontro desta terça-feira (9) foi realizado no Auditório Legislativo.
Para ajudar a acompanhar esses pontos e a execução dos contratos, o presidente da Comissão, deputado Gugu Bueno (PSD), falou da importância da contratação de uma auditoria técnica especializada.
“Solicitamos à Mesa Executiva da Assembleia a contratação de uma consultoria especializada de engenharia para que a gente possa não só fiscalizar a execução dessas obras, mas também a qualidade dessas obras. Até porque, existe previsão de desconto tarifário se essas obras não forem feitas no cronograma estabelecido”, salientou. “Vamos trabalhar para não repetir o que houve no passado, com muitas obras previstas que simplesmente não foram executadas, por aditivos assinados na calada da noite. Vamos acompanhar de maneira muito firme e transparente”, explicou. O primeiro-secretário da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), informou que a contratação poderá ser feita via processo licitatório.
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) reforçou durante o encontro o quanto o Paraná é reativo em relação ao pedágio. “Passamos um período de 24 anos em conflito permanente com as concessionárias. Esperamos que as novas empresas possam obedecer de forma rigorosa os contratos. O que nós queremos é o cumprimento integral e detalhado. E as empresas terão boa parceria com a Assembleia na medida do que está previsto e aconteça no tempo determinado. Para isso contaremos com uma consultoria técnica e robusta para acompanhar”, afirmou.
O deputado Denian Couto (PODE) também expôs a intolerância dos paranaenses em relação às concessões. “O Paraná foi massacrado pagando o pedágio mais caro do mundo para não ter obras. Há uma disposição das empresas para agir com transparência, mas do jeito que está não adianta. Se qualquer cidadão tentar procurar sobre obras, cronogramas, isenções, nada é claro. É preciso medidas de transparência mais efetivas”, cobrou, Ele sugeriu um portal nas redes sociais das empresas e outdoors nas rodovias para informar os usuários.
O deputado Tercilio Turini (MDB) classificou os novos contratos de 30 anos como uma concessão para o resto da vida. “Significa que muitos de nós não teremos condições de fazer uma nova discussão. Se errarmos, vamos comprometer o futuro do Paraná. Porque, anteriormente, nos venderam um sonho lindo e virou um pesadelo com centenas de obras não realizadas”, comentou. O parlamentar sugeriu a instalação de dispositivos, como um pedagiômetro, indicando aos motoristas quanto se arrecada em cada praça de cobrança.
A urgência em sinalizações das vias e agilidade nas praças para evitar filas foi cobrada pelo líder do Governo, o deputado Hussein Bakri (PSD.
Fonte: Imprensa/ALEP